Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

O Interno Feminino responde #1

Avatar do autor tsetse, 26.03.12

Uma leitora enviou-nos a seguinte questão: "O que pode levar um homem a flirtar 2 meses e depois desaparecer, após a primeira noite juntos?". Fiquei a pensar no assunto e tentei organizar as hipóteses, segundo experiências que fui ouvindo ao longo da minha vida, temperadas com um pouco de imaginação e lógica, em tópicos:

 

1. Gosto

Esta é a mais óbvia, mas também a mais difícil de aceitar. Ele estava interessado na rapariga mas, após o contacto mais próximo, descobriu que não havia química, graça, pachorra, beleza, perfeição ou outro qualquer factor que ele valorize.

 

2. Timing

Ele até lhe acha graça, mas estão em fases distintas. Ele quer encontrar uma companheira dedicada, simpática, simples, para casar, ter filhos ou ter uma vida mais cómoda, mas encontrou uma pessoa que parece preferir festas, viagens e muita animação. (Claro que, normalmente, é mais ao contrário. Só dei este exemplo para ter mais graça.)

 

3. Arrependimento

O rapaz é comprometido, a relação está chata, ele está a tentar não morrer de tédio flirtando com outras pessoas, não consegue resistir a tanta beleza que anda pelo mundo fora, depois, olha para a namorada, que até é uma querida e muito dedicada, e arrepende-se. (Esta é a hipótese menos provável. Tipicamente, o homem só se "arrepende" ao fim de 10 ou 20 noites, quando a outra parece estar envolvida o suficiente para poder causar problemas.)

 

4. Medo

A rapariga parece areia a mais para a sua camioneta e ele prefere sair de cena, enquanto ainda faz boa figura. Ou passou por uma ou várias relações difíceis e tem medo de voltar a aproximar-se de alguém. Ou simplesmente tem medo de intimidade. (Outras hipóteses pouco prováveis. Mas é sempre bom imaginar que pode haver uma causa maior.)

 

5. Diversão

Ele não está interessado numa relação ou está à procura de uma princesa encantada linda de morrer e, enquanto espera, vai-se divertindo. Enrola-se só uma vez, para não ter que se aborrecer com a reacção e sentimentos da "divertida".

 

No fundo, a razão não interessa muito. Quando um homem gosta (e tirando os casos que envolvam filhos, muito dinheiro ou problemas mentais), ele vai atrás. Como já disse várias vezes, os homens são sempre mais básicos do que imaginamos. E qual é o interesse de estar com alguém que não gosta assim tanto de nós?

 

 

* ilustração de Roxy Lady

E se...

Avatar do autor tsetse, 18.07.11

E se um dia conhecessem o homem dos vossos sonhos e ele vos dissesse que era bissexual? Monogâmico, mas com alguns ex-namorados no repertório?

 

Quando faço esta pergunta aos homens (versão mulher dos sonhos deles) a resposta é quase sempre a mesma. Que não faria diferença. Quando coloco a pergunta a mulheres, até agora e com a excepção das mulheres que também são bissexuais, recebo a resposta contrária. Ouço um "Não, não era capaz" ou um "Só de imaginar que ele esteve com outro homem, até fico mal disposta".

 

O que levará a esta dicotomia? Será que as mulheres são menos liberais? É uma hipótese, mas não me parece que seja a principal razão. Tenha a impressão de que as mulheres associam um homem que se sente atraído por outro a feminilidade e falta de testoterona.

 

Para além disso, não gostam de pensar no seu mais que tudo enrolado com outra pessoa e, perante a notícia da bissexualidade, não podem deixar de imaginar o rapazinho em posições menos próprios com outro marmanjo qualquer. E isso não é nada sensual.

 

Ao contrário dos homens, que desde novinhos vêem pornografia, alguma dela envolvendo várias moçoilas bastante amistosas umas com as outras, as mulheres, para além de consumirem menos este tipo de conteúdos, quando querem ver alguma coisa, normalmente vêm imagens produzidas para homens heterossexuais. Imagens essas que, normalmente, não incluem homens a acariciar outros homens. Por isso, estas não são imagens que populem o seu imaginário.

 

E vocês? O que pensam?

 

* ilustração de Roxy Lady

Masturbação feminina

Avatar do autor Mee, 15.06.10

Também existe masturbação feminina, apesar de pouco falada e menos assumida! Já ouvi milhares de expressões para designar a masturbação masculina - afiar o lápis, afogar o ganso, bater uma punheta, esgalhar o pessegueiro, espancar a cobra zarolha, escamar o besugo… e ficávamos aqui o dia/noite toda… e não conheço expressões populares para a masturbação feminina (digam-me vocês se conhecerem, porque estamos sempre a aprender).

Talvez não haja expressões populares porque a masturbação feminina não é popular! Não é, mas devia ser ou no mínimo devia deixar de ser tabu.

Masturbação significa estimular os seus próprios genitais e/ou outras zonas erógenas para dar prazer a si próprio/a e nesta definição não vejo nada de masculino. Vejo muito de vivência saudável da sexualidade e de prazer que, felizmente, é um direito que nos assiste a todos/as! Apesar disso, vamos aprendendo, especialmente enquanto raparigas e mulheres, que a masturbação é uma coisa feia, suja e um comportamento de pessoas devassas, que ainda por cima faz borbulhas, pêlos nas mãos, cegueira e tal!

Por isso, a masturbação feminina envolve muita vergonha e é um daqueles assuntos que, mesmo entre amigas, pouco ou nada se fala! Como se assumir que nos masturbamos fosse igual a assumir que só “pensamos naquilo” e somos insaciáveis e isso não pode ser, dá cabo da nossa reputação! Ou então é porque (“coitada”), não tem quem a satisfaça. Mas isso é um mito: diversos estudos apontam no sentido de que tanto as mulheres envolvidas em relações estáveis e satisfatórias como as mulheres não envolvidas numa relação amorosa se masturbam, não sendo este um sinal de que algo está mal na relação, mas sim um sinal que a mulher gosta de se masturbar: duhh!

A masturbação é um comportamento normal da sexualidade humana e que contribui inequivocamente para melhorar a vivência da Sexualidade. Como?


A prova dos 'três'

Avatar do autor TNT, 02.06.10

Sabem aquele fetiche que acompanha 99,9% dos homens heterossexuais? O das duas mulheres ao mesmo tempo? Esse mesmo!

Desde a adolescência, quando inicia o contacto com filmes pornográficos, que o cromossoma Y sonha em ter duas mulheres na cama. Pulula, deseja, anseia. E, aparentemente, é daqueles desejos que não passam com a idade. Até tendem a tomar maiores proporções. E quando a situação se proporciona, como é?

Sei de fonte segura que um dos maiores receios dos homens é que a coisa não corresponda. Que na hora H o “dito cujo” não se porte à altura dos acontecimentos. E se o receio com uma mulher existe, com duas será a dobrar?

Toda a gente sabe que os homens só têm sangue para uma cabeça de cada vez. Ou seja, se pensam demasiado há mais probabilidades de falharem. E se falhar com uma - a legítima, por exemplo - já é mau, imaginem o stress que será conseguir falhar com duas de uma vez. É o “dois em um” que, mesmo em promoção, ninguém quer comprar!

Eles já imaginaram a cena milhares de vezes: estão em casa e chegam duas amigas troloró, rebebéu, pardais ao ninho. Nos filmes é sempre assim. E funciona sempre. Na vida real... tem dias.

Em conversa com amigos fico a saber que, apesar de pensarem amiúde na situação, têm um medo que se pelam que a coisa realmente aconteça. "O que fazer? Por onde começar? Começam elas? E depois, a qual me devo dirigir primeiro? E a outra vai ficar chateada? E se a legítima está ali no meio... tenho de começar por ela, certo? E depois será que ela afinal vai ficar chateada se terminar com a outra? E se...? Será...?"

Bom, no meio de tantas dúvidas e receios, o tal sangue, que só pode estar num sítio de cada vez, já foi todinho para o cérebro e já não há nada a fazer.

Há sonhos que nem sempre se podem realizar. Uns porque não conseguimos realizar e outros porque não conseguimos... como direi...? Elevar!

O ponto G de Gigi

Avatar do autor TNT, 11.01.10

Há uns tempos, esta empresa ofereceu-nos uma coisa destas para experimentar. Já que fazemos tanto alarde do ponto G pareceu-me uma boa oportunidade. Vai daí, toca de criar ambiente para a experiência.

O que posso dizer é que nestes dias de Inverno, e à falta de quem nos aqueça os pés, a temperatura sobe como se estivéssemos em Agosto às três da tarde e em Beja! Outra vantagem é a de que mesmo que a empregada nos vá à gaveta dos mistérios, dificilmente percebe do que se trata, uma vez que o luxo e a estética da coisa se assemelha a qualquer objecto de decoração. E quem diz empregada, diz sogras metediças ou crianças curiosas.

Tem on e off, coisa que não acontece com o tipo que temos em casa, várias intensidades - o que reitera o ponto anterior – está sempre disponível, é silencioso e bonito.

Como vêem, só vantagens!

Os homens e o seu material bélico

Avatar do autor TNT, 23.10.09

Há uns anos fui para uma reunião com um administrador bancário. Dirigi-me às instalações do dito cliente e esperei durante uns minutos enquanto ele se despedia das pessoas da reunião anterior. O dito senhor mandava umas larachas à laia de despedida enquanto jogava bilhar de bolso. Eu achei aquilo de uma falta de gosto tremenda. Ainda íamos nas primeiras horas da manhã e o circo já estava instalado só não sei se a tenda estava armada.

Ele dirige-se a mim para me receber e cumprimentar. Eu, que sempre tinha cumprimentado o senhor de bacalhoada, lanço-me intempestivamente para ele e prego-lhe dois beijinhos. Assim como assim, sempre era um cumprimento mais formal do que se lhe desse um aperto de mão depois de ele ter estado a arrumar o material durante largos minutos.

E agora pergunto: porque é que os homens estão sempre a arrumar, ajeitar, coçar, remexer o material de guerra?

É algo completamente transversal. Não olha a idades, classe social, política ou cultural. Todos mexem com afinco, várias vezes ao dia em privado ou em público.

O que me faz confusão é que se aquilo está agarrado ao corpo desde que nasceram porque é que ainda não se habituaram? Continuam a ajeitar, arrumar e sei lá mais o quê… O que é que se passa? Os elementos separam-se, querem fugir e vocês andam sempre a certificar-se que lá permanecem?

Se eles fossem tão cuidadosos com a casinha como o são com o armazém, os lares deste mundo andavam todos num brinquinho!
 

"Será que sou normal?" Tamanhos e inclinações

Avatar do autor Mee, 15.10.09

Quando o tema é pénis, o tamanho (comprimento, leia-se) é a questão mais debatida. E nós não queremos fugir disso! Queremos escrever, debater, comentar, retorquir, analisar... o tema!
Qual é o tamanho ideal? Se perguntarmos aos donos do dito cujo, o tamanho ideal é sempre um “bocadinho” maior do que aquilo que têm (mesmo que não o admitam). Salvo raras excepções, mesmo quando dizem que aquele que têm “nunca os deixou ficar mal”, quase todos os homens gostariam de ter mais alguns centímetros, sabe-se lá porquê! Mas o tamanho ideal, como em tudo na sexualidade, depende! Depende dos envolvidos, dos gostos de cada um e daquilo que se consegue fazer com os centímetros que se tem! “Não importa o tamanho da varinha, mas sim a magia que se faz com ela”, já dizia Allen Gomes. Mas as correlações que se fazem entre tamanho e prazer sexual ou, pior, entre tamanho e competências sexuais, além de não serem correctas, podem ter efeitos devastadores ao nível da auto-estima dos homens (sim, porque este blog também se preocupa com a vossa auto-estima!) e, consequentemente, ao nível da performance sexual. Ou seja, aquilo que depois pode mesmo fazer com que a sua performance não seja tão boa, não são os centímetros, mas a inibição causada por acharem que têm um pénis mais pequeno do que deviam e que a pessoa com quem estão se sente frustrada com essa questão (já pensaram o que é tentar ser um bom “amante” com estas ideias na cabeça?). E tudo em nome de uma ideia que veio sabe-se lá de onde, sabe-se lá porquê e que, bem vistas as coisas, não é, de perto nem de longe, o factor mais importante!


Esmiucemos, então, o factor tamanho:
Antes de mais, a maior parte de vós, caros leitores masculinos, mede mal o vosso pénis! E depois queixam-se... ou seja, medem o pénis por cima dos testículos até à glande e depois ficam deprimidos porque lêem que o pénis português médio tem 13 a 17 cm em erecção e acham que estão abaixo da média. O pénis deve ser medido desde onde REALMENTE começa (no osso do púbis) até à ponta da glande (cabeça do pénis). Ora espreitem lá atrás (sim, afastem os testículos) e vejam lá se eu não tenho razão e não há, mais coisa menos coisa, 2 ou 3 cm de pénis aí escondidos! O pénis está “agarrado” ao corpo, não nasce dos testículos! Não sabendo exactamente a idade dos leitores, devo ressalvar que o crescimento só termina por volta dos 20 anos, por isso, se ainda têm 17,18, 19 aninhos, ainda não acabou (mas também já não deve crescer muito, ok?).
Um estudo feito em Portugal sobre esta matéria (http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=23735), aponta, de facto, para um tamanho médio do pénis em Portugal entre 13 e 17 cm em erecção, mas bem medidos, claro! Lá detrás das “cortinas” até à ponta da glande. Vá... agarrem-se à fita métrica, régua, etc. e redefinam-se! Today is your lucky day!
Ainda sobre o tamanho, reparem numa coisa: a vagina tem fim! Não é um buraco que não vai dar a lado nenhum. A profundidade de uma vagina ronda os 7 a 10 cm e apesar de se expandir quando excitada, não ultrapassa, em média, os 12 cm. Além disso, a maior parte das terminações nervosas e onde a maior parte das mulheres sente mais prazer, é no primeiro terço da vagina (aqueles primeiros 3 - 4 cm). Por isso, um órgão sexual masculino grande não é necessário para ter prazer nem sequer é garantia de coisa nenhuma (até porque um grande número de mulheres nem sequer atinge o orgasmo com a penetração, mas isso fica para outra vez)! Resumindo, alguém me explica qual a vantagem de ter um pénis grande que depois fica cá fora a apanhar ar?!?! Já sei que vão dizer coisas como:
-    “O pénis também serve para outras coisas, não é só para ‘fazer o amor’ com as vaginas”. Pode estar a faltar-me a imaginação, mas mesmo pensando nas outras práticas sexuais, e sem entrar em grandes pormenores, não estou a ver nenhum buraco que beneficie de um pénis grande... pensem nisso.
-    “Mas as mulheres ficam mais excitadas com pénis grandes”. Também não é verdade, pois muitos inquéritos revelam que a maior parte das mulheres quer um pénis normal. Aliás, até consideram que os pénis muito grandes podem ser assustadores ou provocar dores.
-    Entre outras coisas que depois escreverão nos comentários...
Admito que haja algumas pessoas que acham mais excitante ver ou segurar um pénis maior, mas, mesmo assim, ter um pénis grande não dá, à partida, nenhuma vantagem a nível sexual. É preciso saber o que fazer com ele! Além disso, os mega pénis (aqueles que têm mais de 19,5 cm em erecção) têm a desvantagem de poder levar à disfunção eréctil... Agora que pensam nisso, ter um pénis muito grande já não tão divertido pois não?
Ou seja, um pénis muito grande tem vantagens nos balneários (porque os outros homens ficam com inveja!), perante um pequeno número de mulheres (pronto, temos que admitir que elas existem) ou se querem seguir uma carreira de actores pornográficos!
Não quero aqui dizer que não existem pénis pequenos! Existem e alguns podem até ser tão pequenos que não são funcionais, mas o mesmo se pode dizer de pénis que são muito grandes! Conclusão: É bom estar na média!
Aproveito para dizer que não há relação nenhuma entre outras partes do corpo e o tamanho do pénis (um homem pode ser muito narigudo ou ter um pé muito grande ou vice-versa e isso não quer dizer nada, ok? Não tirem conclusões precipitadas!).

 

Mas o pénis não é só comprimento, certo? Na equação do prazer sexual, o perímetro parece importar mais do que o comprimento! É aquela fricção, estão a ver? Mas disso, pouco se fala! Mais uma vez, não é necessário ter-se um perímetro muito grande, a média é suficiente, até porque a vagina é bastante elástica e adapta-se à maioria das formas, tamanhos e feitios de pénis que existem. O estudo referido atrás, afirma que, em Portugal, o perímetro médio do pénis em erecção, está entre 8,5 e 10,5 cm (medidos na base do pénis). Lá estão vocês outra vez de fita métrica em punho. Compreendo!


E agora... a história das inclinações, curvas e afins:
O pénis não é exactamente direito. Na realidade todos os homens têm uma curvatura no pénis – uns mais do que outros, claro! Mas a verdade é que ter uma curvatura no pénis e ele “apontar” para direita ou para a esquerda é normal e comum, embora seja de realçar que, nalgumas situações, a curvatura do pénis em erecção possa ser mais acentuada e possa dificultar as relações sexuais e estas situações precisam de aconselhamento e intervenção especializada (médico Urologista). Ainda recentemente uma colega me falava de um rapaz da sua terra conhecido como “bengalinha” (entre as meninas, diga-se) e isso não pode ser bom!
Ainda antes de me despedir, “cumpre-me” avisar: cuidado com as comparações!
-    uma ilusão de óptica faz com que o pénis pareça mais pequeno visto de cima do que de frente (”por isso é que nos balneários os dos outros me parecem sempre maiores!”, respiram alguns de vós de alívio);
-    quando flácidos, as diferenças entre os pénis notam-se mais;
-    não se comparem com actores pornográficos, porque alguns deles foram escolhidos porque pertencem àquela pequena percentagem da população que tem o pénis maior, não porque representem o homem médio, que isso não vende!

 

Sei que nunca fui, nem nunca vou ser, dona de um pénis e, por isso, por mais que leia ou pergunte nunca vou entender, na sua profundidade total, a razão pela qual o pénis é tão importante para os homens, mas posso dizer-vos que o conselho feminino geral é o de que devem passar menos tempo focados em coisas como o tamanho (sim, eu sei que este post faz exactamente o contrário!) e mais tempo a aprender coisas novas, a conhecer o/a(s) vosso/a(s) parceiro/a(s) e a desfrutar daquilo que têm com quem quiserem! Have fun!
 

Sexo no Interno Feminino

Avatar do autor TNT, 14.10.09

Muita gente diz que este é um blog de sexo. Nós nem por isso partilhamos dessa opinião. Lá inventamos uma aula de sexo de vez em quando mas nada que justifique tal rótulo.

Achando nós que faltava esta vertente um pouco mais aprofundada – uma vez que abordamos o tema baseadas em experiências empíricas como manda o figurino! – achámos que podíamos trazer mais conhecimento aos nossos leitores e, já agora, a nós também!

E é assim, meus caros… a partir de agora vamos ter mais uma convidada que escreve sobre sexo. Puro e duro! É técnica especializada em aconselhamento sexual e poderá esclarecer muitas dúvidas.

Recebam-na bem porque ela é menina para trazer a luz onde as coisas andam escuras.
 

TNT & Tsetse

Ter ou não ter prazer?

Avatar do autor tsetse, 31.08.09

Enquanto é passada aos homens (pelos amigos, familiares, media e sociedade em geral), desde muito cedo, a ideia de que o sexo é algo que dá prazer e que eles devem desejar ter, às mulheres é passada uma mensagem ligeiramente diferente.

 

Desde a adolescência que ouvimos comentários poucos simpáticos sobre as meninas mais libertinas, conselhos sobre como devemos guardar a virgindade ou que a intimidade sexual tem que ser um presente dado só a pessoas extremamente especiais na nossa vida, mais a educação católica, para quem a teve, que nos ensina que só podemos ter sexo para procriar com o nosso marido e que ter sexo só por prazer, usando contraceptivos, é um pecado.

 

As mulheres recebem uma série de mensagens directas e subliminares não para valorizarem o prazer, mas sim para usarem o sexo como um meio para atingir um fim, seja ele um filho, uma relação estável, um estatuto, admiração, carinho, entrada no paraíso, entrada na empresa de sonho, ou outro qualquer. Não é de admirar que o sexo deixe, para muitas delas, de ser uma fonte de prazer, equilíbrio e intimidade, mesmo quando estão na tal relação que a sociedade aprova, e passe a ser um frete, com ou sem teatro, conforme o objectivo.

 

As que têm o azar ou falta de jeito e acabam por ficar com um homem interessado só no seu próprio prazer, ainda ficam com mais dificuldades para descobrirem que o sexo pode ser mais do que esse frete. E, segundo o que tenho ouvido, mesmo os menos egoístas esforçam-se pouco em descobrir o que elas gostam ou em pesquisar o que podem vir a gostar. Eles definem e tratam de esclarecer os seus prazeres e esperam que elas façam o mesmo. O problema é que elas, às vezes, nem têm conhecimentos sobre o assunto ou sentem-se como umas pecadoras ou fúteis por perder tempo a tentar encontrar um santo graal, que o mais provável é nem existir

 

De quem é a culpa? Eu acho que é de todos: da sociedade, da religião e da falta de bom senso da maioria da população, principalmente da masculina. Depois, lá aparecem os terapeutas sexuais, para dizer o que vocês já deveriam saber, e lá se cria uma nova ciência e uma nova forma de gastar dinheiro à volta do que deveria ser senso comum.

 

Frames, Pixels e Vinganças

Avatar do autor TNT, 16.06.09

Como já falei aqui noutras circunstâncias, a tecnologia é amiga. A tecnologia é amiga das relações, pode apimentar alguns momentos, torná-los inesquecíveis e passíveis de visionamento posterior para prazeres futuros e repetíveis. Porém, como em tudo, existe sempre o dark side da coisa. E está sempre ali à espreita… quando menos esperamos.

As pessoas revelam-se nos piores momentos. Não é quando estão in love que nos vão dizer “ah e tal, quando acabarmos vou-te fazer a vida negra e lixar-te com F grande”. Não são raras as vezes que sofremos vinganças de cariz variado, dependendo da imaginação de cada um. E se existem fotografias, filmes e afins, as vinganças tornam-se mais fáceis e eficazes. Podem destruir famílias, carreiras, auto-estimas e por aí fora…

Que a tecnologia e captação diversa de imagens seja um turn on para muito gente, nem sequer discuto. Manter essas imagens em arquivo é que já me parece francamente estúpido. Não se consegue prever se nos vão roubar o telemóvel ou se o deixamos no táxi. Acontece às melhores famílias. Mas nestes casos, o único prejuízo deve ser o do aparelhómetro propriamente dito e não o de uma vida inteira. Ou será agradável os nossos familiares ou colegas de trabalho receberem um mail com fotos altamente reveladoras tiradas num momento incauto de paixão, excitação ou outras coisas terminadas em ão? Para os familiares não será com certeza! Para os colegas de trabalho pode dar origem a várias horas de risota e parvoíce. E são coisas que nunca desaparecem.

Meninos e, principalmente, meninas: querem apimentar as noites loucas? Apimentem! Querem ter paz depois disso? Apaguem as imagens logo depois do cigarrinho pós-coito!

Nestas coisas é melhor antecipar os cenários negros. Porque a entrega ao dark side tem piada, mas é no Star Wars!