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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Taras e manias

Avatar do autor TNT, 31.10.11

Tenho ouvido com muita frequência ‘sabes, já estou habituado/a a viver sozinho/a e agora não me apetece nada partilhar o meu espaço...

Após uma separação, quase toda a gente acha que vai morrer de desgosto e que a vida a sós é impossível de ser vivida. Depois, começa-se a apreciar aquele silêncio matinal. O domínio do remote control. O frigorífico com as coisas que realmente gostamos.

No que me diz respeito, garanto-vos que tenho uns hábitos muito dificeis de aturar.

Gosto de trabalhar à noite na cama, com o portátil nas pernas em equilíbrio enquanto fumo cigarros como se não houvesse amanhã. E se alguém me dissesse ‘ah e tal, vai fumar para a sala’ a coisa não ia correr bem. Tenho os comandos todos à minha volta, o cinzeiro com tampa na mesa de cabeceira, tv na parede em frente. Tenho três dígitos de sapatos. Quatro dígitos de livros. Gosto de silêncio quando estou para aí virada e detesto que me interrompam quando estou a trabalhar. E trabalho muito em casa. Gosto de música em altos berros. Gosto de falar ao telefone a altas horas com algumas pessoas, essencialmente sobre política. Sou viciada em jogos de computador e detesto que me digam’então, ainda falta muito?’ quando ainda me apetece ficar naquilo umas quantas horas. Gosto de dormir de janela aberta mesmo que esteja uma tempestade lá fora. Gosto da porta do quarto encostada e da porta da sala aberta. Sou obsessiva em relação a horários e detesto esperar. Qualquer atraso me tira do sério. Tenho embirrações várias em relação à partilha da casa de banho que nem vou enumerar. Gosto de dormir sozinha, salvo raras excepções (quando está muito frio, não é mau de todo ter quem nos aqueça os pés, certo?).

Ora, com tanta mania, não é possível partilhar espaços! Não dá para conceber que alguém nos venha perturbar as rotinas, os silêncios, os momentos.

Se partilhar a vida com alguém já é difícil, depois de nos habituarmos a estarmos sozinhos torna-se impossível.

 

* ilustração de Roxy Lady

E se...

Avatar do autor tsetse, 18.07.11

E se um dia conhecessem o homem dos vossos sonhos e ele vos dissesse que era bissexual? Monogâmico, mas com alguns ex-namorados no repertório?

 

Quando faço esta pergunta aos homens (versão mulher dos sonhos deles) a resposta é quase sempre a mesma. Que não faria diferença. Quando coloco a pergunta a mulheres, até agora e com a excepção das mulheres que também são bissexuais, recebo a resposta contrária. Ouço um "Não, não era capaz" ou um "Só de imaginar que ele esteve com outro homem, até fico mal disposta".

 

O que levará a esta dicotomia? Será que as mulheres são menos liberais? É uma hipótese, mas não me parece que seja a principal razão. Tenha a impressão de que as mulheres associam um homem que se sente atraído por outro a feminilidade e falta de testoterona.

 

Para além disso, não gostam de pensar no seu mais que tudo enrolado com outra pessoa e, perante a notícia da bissexualidade, não podem deixar de imaginar o rapazinho em posições menos próprios com outro marmanjo qualquer. E isso não é nada sensual.

 

Ao contrário dos homens, que desde novinhos vêem pornografia, alguma dela envolvendo várias moçoilas bastante amistosas umas com as outras, as mulheres, para além de consumirem menos este tipo de conteúdos, quando querem ver alguma coisa, normalmente vêm imagens produzidas para homens heterossexuais. Imagens essas que, normalmente, não incluem homens a acariciar outros homens. Por isso, estas não são imagens que populem o seu imaginário.

 

E vocês? O que pensam?

 

* ilustração de Roxy Lady

Sorrisos

Avatar do autor TNT, 20.05.11

Num jantar, com amigos de longa data e outros mais recentes, fala-se de amor e paixão.

Já disse aqui algures que considero a paixão um estado de demência temporária. Aconteceu-me uma vez e não gostei. Não gostei da falta de controlo, da ansiedade permanente, do olhar frequente para o telemóvel. Detestei todos os minutos da coisa. Felizmente durou apenas uns meses, senão acho que teria ido parar a uma daquelas salinhas almofadadas com uma camisa com umas mangas muito, muito compridas.
 
Todos concordámos que a paixão não dura muito tempo. Boa, digo eu.

O meu amigo de longa data - que é doido, eu sei – dizia que a paixão é que era e que se conseguisse prolongar a coisa durante anos seria feliz e coiso e tal. O outro homem – que conheço há pouco tempo – dizia que para se estar apaixonado é preciso estar-se desequilibrado. Tendo a concordar com esta teoria.

E de repente uma amiga que estava na mesa sai-se com esta: ‘o que eu gosto mesmo é de sorrir. É de estar naquele estado em que me apanho a sorrir durante o dia.’

Silêncio à mesa. Sorrisos estampados. Todos a lembrarmos outros sorrisos.
E com isto disse tudo. Não sei o que chamar a este estado, mas que é bom à brava lá isso é!

Raptados, drogados ou actores?

Avatar do autor tsetse, 08.05.11

Há homens que, quando se metem numa relação, ficam irreconhecíveis. Parece que foram raptados por aliens e substituídos por robots ou contaminados por zombies e transformados em mortos-vivos. De repente, perdem a alegria, as tiradas hilariantes, a vontade de sair, a energia, a graça, a alma. Ficamos assim desconfiados, a pensar se foi a namorada que os drogou ou se estamos perante algum perigo público e devemos fugir a sete pés.

A primeira vez que reparei nisso foi já há muitos anos. Tinha um amigo fantástico, daqueles que fazia toda a gente rir, com uma imaginação que parecia não ter fim e uma boa disposição constante. Enquanto ia tendo namoradas de curta duração, nunca percebi nada de estranho. Mas, no dia em que começou uma relação com a pessoa com quem se veio a casar, perdeu toda a graça. Parecia um caso de abdução digno de um episódio dos X-Files. Depois de uma análise grosseira, concluí que ela devia ser má influência. Imaginei que, para estar ao lado de uma pessoa tão amorfa e entediante, ele tivesse que se adaptar. 

Uns anos mais tarde, qual não foi o meu espanto quando ouvi dizer que os amigos da rapariga se queixavam exactamente do mesmo. Que ela até era muito divertida e que o nosso amigo, chato que só ele, a tinha mudado à sua imagem e medida. E, quanto mais histórias malucas eles contavam sobre a rapariga (e sim, eram muitas e boas), mais o mistério se mostrava, afinal, por resolver.

Ultimamente, tenho reparado em mais casais que sofrem do mesmo mal. Pessoas que, sozinhas ou com outros companheiros, tinham muita graça e personalidade, mas que agora, embora pareçam convencidos de estar com a pessoa certa, estão chatos, sem esperança no olhar e sem assunto.

Como o caso é grave, voltei à investigação e para já tenho as seguintes teorias:

1. A velha teoria dos aliens, robots ou zombies, que ainda não está descartada.

2. A suspeita de que certas relações são tão boas ao início, que acabam por funcionar como uma droga. Deve estar tudo bem, quando estão a drogar-se (sozinhos a curtir a relação) mas, quando estão com os amigos, sentem a falta da droga (vida em casal) e, por isso, ficam com os sintomas de qualquer ressacado. Mais tarde, sentem-se mal na relação, porque sabem que estão uma nódoa, mas não conseguem sair, tal é o vício.

3. A hipótese de essas pessoas não terem mesmo graça nenhuma, mas terem fingido ser alguém que gostariam de ter sido, para caçar um companheiro que tudo indica que vá ser de longa duração. Objectivo cumprido, acaba o teatro.

Conclusões? Para já, só uma: é uma pena ver tanto potencial desperdiçado. Mas mais teorias são bem vindas!

Juntos... sempre?

Avatar do autor TNT, 21.04.11

Noutro dia, numa conversa ao jantar, um dos convivas perguntava por um tipo que já não via há uma data de tempo.

- Então o Francisco, o que é feito dele? Ainda está casado com a Isabel?
- Bom, desde que ele não passe cinco horas por dia na net. Já sabes que ela desatina… quase lhe pôs as malas à porta.

As relações têm destes desencontros. Principalmente, quando não se espera certos comportamentos por parte do outro.

Há uns largos anos, lembro-me que tinha saído uma nova expansão do meu jogo de eleição. E toda a gente sabe que enquanto não se acaba uma campanha, não se descansa. Vai daí, sou menina para ter ficado agarrada àquilo umas boas 16 horas diárias durante uns três, quatro dias.

Acontece! A verdade é que nem todos os dias saem novas expansões do nosso jogo preferido. E a coisa tem de ser saboreada até ao tutano, não vá o mundo acabar entretanto. Bem sei que, para certas pessoas, estas coisas dos jogos são incompreensíveis. Mas, porra! O gajo até me tinha conhecido por causa dos jogos. Ele próprio jogava imenso. Sabia que eu jogava. O moço não foi ao engano.

Lamúria para aqui, lamúria para ali e ‘não me ligas nenhuma’ e ‘anda lá’ e eu ‘já vou’. Mas não ia. Quando estamos no auge do jogo, não se dá pelo tempo. Ele passa, eu sei. Quem está de fora sente o tempo vagaroso e pesado. Mas eu só queria era ganhar mais xp para conseguir fazer aquele feitiço e conquistar o último reduto do inimigo. Cenas!

O que me irritava solenemente eram aqueles amuos impossíveis de mastigar, quanto mais de engolir, durante uma semana ou mais. O menino sabia ao que ia. Não foi como os eleitores do Nobre.

Lá por as pessoas estarem juntas não quer dizer que estejam sempre juntas. Que diabo, não somos nenhuns testículos. Esses é que têm de andar sempre juntos, quer queiram, quer não!

Tem calma, pá!

Avatar do autor TNT, 16.02.11

Noutro dia, um amigo contava-me que no meio de uma discussão mais acesa com a namorada, ele teve a triste ideia de lhe dizer:
- Calma, pá! Tem calma…
Houve uma explosão imediata. E ele muito admirado com a reacção.

Caros concidadãos, o pior que se pode fazer a uma mulher quando ela está a desatinar é dizer-lhe para ter calma. É como pôr gasolina na fogueira. É como tirar a cavilha da granada. Salve-se quem puder.

“Calma?? Mas tu estás parvo? Que conversa é essa da calma? Estás a chamar-me histérica, é?” – isto é do mais leve que pode acontecer.

Reparem uma coisa: quando nós estamos a desatinar só esperamos que haja anuência e pouco mais. Um ou outro sinal afirmativo com a cabeça, um ar de cachorro que fez um disparate e a resposta inequívoca “tens razão” à eterna pergunta “então, não dizes nada?”. Mas atenção: cuidado com as inflexões na voz. Nada de tons irónicos ou de quem quer dizer ‘cala-te lá, que já não te posso ouvir’.

Este ‘desabafos’, como muito parcimoniosamente lhes chamamos, são momentâneos. Passam com alguma rapidez desde que não se alimente a fera. Mas uma vez a fera alimentada, oh meus amigos, saiam da frente!

Se na maior parte do tempo os homens não nos ouvem, porque diabo é que desatam a ouvir-nos no meio de um desatino?

O 'casa-separa' no Facebook

Avatar do autor TNT, 15.11.10

Esta coisa do Facebook tem muito que se lhe diga no que respeita às relações. Se esta rede social já juntou muito boa gente que andava por aí à nora sem conhecer o rasto dos amores de adolescência, também é a melhor forma de saber quantos se andam a separar.

Por razões que não vêm agora para o caso, eu passo cerca de 11 a 12 horas diárias no Facebook. Ora a quantidade de pessoas que me obrigaram a saber que se andaram a chatear com os respectivos é demasiada para a minha sanidade mental. Fiquei até a saber que houve um casal que se separou e depois percebi que ele estava com outra pessoa que entretanto tinha encontrado no Facebook. É só seguir os passinhos. É um lavar de roupa suja que não se aguenta.

Manuel is no longer in a relationship. Pronto! Está o caos instalado “Então o Manel já não anda com a Lídia? O que terá acontecido?” E monta-se o circo com tenda, palhaços e trapezistas, sem esquecermos o urso que é a estrela da companhia.

Num episódio da série “A Teoria do Big Bang” Leonard teve um caso com uma rapariga. A coisa torna-se séria, mesmo com o desconhecimento dele, quando ela decide publicar no seu mural que tem um relação com ele. É oficial! Se está no Facebook é porque é mesmo assim. Isto passa-se numa série, mas quantos exemplos não conhecemos nós de pessoas que insistem em expor as suas conquistas nas redes sociais? O pior é que, passadas duas semanas, lá vemos nós a comunicação que a relação já acabou. E andamos todos a saber que alguém teve um arrufo.

Os amigos mais chegados não vão andar a perguntar até porque, em princípio, já sabem. Mas, e o resto dos 364 amigos, que de amigos têm muito pouco? Lá porque nos ‘amigámos’ daquele tipo que conhecemos há dois anos no casamento da prima Eduarda, não quer dizer que queiramos que ele saiba que andamos numa roda-viva de junta-separa-junta-separa.

Será que esta necessidade de gritarmos ao mundo que estamos com alguém é assim tão imperativa? E, acima de tudo, será que o mundo quer mesmo saber? Se calhar, vai na volta, quem sabe, esse não será o assunto mais importante que temos para partilhar.

A não ser naqueles casos muito especiais em que se tem mesmo de esfregar a relação nas trombas de alguém. Mas se tiver mesmo que ser, pode optar-se por um telegrama, um mail, um sms, uma coisinha assim mais privada para não se andar a fazer figuras tristes.

A prova dos 'três'

Avatar do autor TNT, 02.06.10

Sabem aquele fetiche que acompanha 99,9% dos homens heterossexuais? O das duas mulheres ao mesmo tempo? Esse mesmo!

Desde a adolescência, quando inicia o contacto com filmes pornográficos, que o cromossoma Y sonha em ter duas mulheres na cama. Pulula, deseja, anseia. E, aparentemente, é daqueles desejos que não passam com a idade. Até tendem a tomar maiores proporções. E quando a situação se proporciona, como é?

Sei de fonte segura que um dos maiores receios dos homens é que a coisa não corresponda. Que na hora H o “dito cujo” não se porte à altura dos acontecimentos. E se o receio com uma mulher existe, com duas será a dobrar?

Toda a gente sabe que os homens só têm sangue para uma cabeça de cada vez. Ou seja, se pensam demasiado há mais probabilidades de falharem. E se falhar com uma - a legítima, por exemplo - já é mau, imaginem o stress que será conseguir falhar com duas de uma vez. É o “dois em um” que, mesmo em promoção, ninguém quer comprar!

Eles já imaginaram a cena milhares de vezes: estão em casa e chegam duas amigas troloró, rebebéu, pardais ao ninho. Nos filmes é sempre assim. E funciona sempre. Na vida real... tem dias.

Em conversa com amigos fico a saber que, apesar de pensarem amiúde na situação, têm um medo que se pelam que a coisa realmente aconteça. "O que fazer? Por onde começar? Começam elas? E depois, a qual me devo dirigir primeiro? E a outra vai ficar chateada? E se a legítima está ali no meio... tenho de começar por ela, certo? E depois será que ela afinal vai ficar chateada se terminar com a outra? E se...? Será...?"

Bom, no meio de tantas dúvidas e receios, o tal sangue, que só pode estar num sítio de cada vez, já foi todinho para o cérebro e já não há nada a fazer.

Há sonhos que nem sempre se podem realizar. Uns porque não conseguimos realizar e outros porque não conseguimos... como direi...? Elevar!

Lembras-te do que fizeste no Verão passado?

Avatar do autor TNT, 31.05.10

Noutro dia encontrei um amigo muito católico, apostólico e quem sabe até romano. Já não o via há cerca de dez anos e ah e tal como é que vai a vida? Que tinha casado e tinha uma prole considerável (lá está a veia católica). Olha que bom para ti! Entretanto, chega a mulher dele que eu conhecia doutros carnavais menos próprios e fiquei um pouco surpreendida por ele ter casado com ela.

Resumidamente, ela fazia parte de um grupinho que eu conhecia bem onde o amor era mesmo livre e à vontadinha, a nudez prática comum e a frequência das orgias era algo como uma dieta de Verão: comer várias vezes ao dia.

Ela arregalou-me os olhos e eu percebi claramente que ele não estava nem aí. Não sabia do passado dela, nem lhe passava pela cabeça. Fiz de conta que não a conhecia de lado nenhum e siga para bingo.

Mas foi assim que comecei a pensar que isto de conhecermos o passado mais ou menos obscuro dos nossos mais-que-tudo pode dar-nos chatices que não nos interessa nada. Não traz nada de bom. Esta coisa da honestidade é muito bonita (para alguns), mas também o é se forem honestos desde o dia que se conheceram ou que decidiram ficar juntos.

Já viram as dores de cabeça que se poupam se não soubermos que o tipo com quem estamos já foi encornado 30 vezes? Se soubermos disso logo de início começamos logo a pensar nas suas incompetências e se calhar nem gozamos a coisa na sua plenitude (se houver plenitude).

Ter informação é bom, ter demasiada informação é para os serviços secretos. O comum dos mortais não sabe lidar com isso, nem deveria saber.

Os homens e os signos

Avatar do autor TNT, 28.05.10

Bem sei que às vezes é difícil fazer conversa de circunstância. Mas é preferível um silêncio decorado com um sorriso, a tanta parvoíce que se apelida por aí de conversa.

Se um gajo nos pergunta o signo, à segunda frase que proferimos, é logo de o riscar do mapa. Gajo que sabe de signos é equivalente ao gajo que diz azul-bebé. São da mesma estirpe. São para abater.

Perguntarem-me o signo soa-me tão descabido como quererem saber a marca do papel higiénico usado cá por casa. Ah e tal sou balança... Eh pá que bom para mim!

Se se é leão é porque se é forte, se se é touro é-se teimoso, se se é peixes é-se o quê...? Esquecido? A ser tudo isto verdade, também é verdade que o cocó cheira mal e que as pedras da calçada fazem chorar como as cebolas. E isto é assunto?

Mas que raça de metro-cosmo-lux-caras-tvsetedias-sexuais idiotas é que se anda para aí a formar? Deixem-me em paz mais o raio dos signos!

A única coisa que me interessa no zodíaco é o assassino em série. Deixem-se de mariquices de conversas de signos. Nós gostamos de homens por isso mesmo. Por serem homens. Comportem-se como tal, se faz favor. Ou é pedir muito?