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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

... aproxima-se da baliza e... ao lado!

Avatar do autor TNT, 11.12.07

Os homens começam amiúde uma série de coisas, mas raramente acabam. Seja uma tarefa doméstica, seja profissional, seja sexual ou emocional. O acabar, concretizar, é algo certamente muito assustador. Senão, vejamos...

#1 Tarefa Doméstica
Eu costumo dizer que passou a bolinha e já não há nada a fazer. “Ai... lá passou a bolinha!” Isto significa que algo de diferente se atravessou no campo de visão dos rapazotes e eles rapidamente limparam do disco, o términos da tarefa. Tem de se tirar o chocolate do frigorífico, partir em quadradinhos, meter numa taça, e enfiar no microondas. As duas primeiras etapas ainda acredito que se concretizem. Conseguir fazer chocolate derretido para servir com os morangos, é que já é uma coisa muito à frente...! Esta é para mim imperceptível... não consigo mesmo atingir!

#2 Tarefa Profissional
Frequentemente se ouve nos relatos da bola algo como “ahhhhh... teve medo de ser feliz...!!”. Traduzindo para português, significa que teve medo de arriscar com vista à concretização. Não se percebe! Se faz o campo todo com a bola, se finta três ou quatro, se chega sem adversários à grande área, se só tem o guarda-redes pela frente de uma baliza de 5m, por que raio é que teve medo de ser feliz???? Por que raio é que não consegue concretizar aquilo a que tão proactivamente, se propôs? Ou seja: muita parra e pouca uva!

#3 Tarefa Sexual
Eles até podem começar. Metem-se connosco, provocam-nos, “o que tu queres sei eu” e tal e tal. Tratam do que têm a tratar, mas esquecem-se daquilo que iniciaram, que foi a provocação à moçoila. “Então como é que é? Provocas, começas, levas-me contigo e depois ficamos a meio?? Oh amigo, toca a concretizar! Ah, pensavas que já tinha acabado...? Pois, tou a ver... Mas não, fica sabendo que ainda não acabaste aquilo a que te propuseste!”. Esta é um clássico...

#4 Tarefa Emocional
Os homens raramente terminam relações. Acham sempre que já terminaram, simplesmente, porque deixaram de aparecer ou de atender o telemóvel. Claro que alegam que para bom entendedor, meia palavra basta. Mas nestas coisas, raramente basta. Há cofres que se abrem que depois não se podem nem devem deixar entreabertos. Têm de ficar bem fechadinhos sob o risco de oxidar o conteúdo, e criar verdetes para o futuro. Esta é a mais comum e gritante!!

Após consultar os manuais linguísticos reparo que “concretização” é uma palavra feminina... deve vir daqui a dificuldade. É isso, pois...

TNT

Engate no Supermercado

Avatar do autor TNT, 30.11.07

Ontem num jantar de amigos, vem à baila uma conversa curiosa sobre os códigos de engate e demonstração de interesse entre sexos. Até aqui nada de novo, não fosse o local escolhido assaz curioso e um tanto sui generis para o desenvolvimento da dita actividade: o supermercado!

À partida, uma ida ao supermercado poderia significar uma fonte de stress e de grande seca. Desenganem-se! Uma ida ao supermercado pode valer umas noites bem passadas de pés quentinhos ou quem sabe até, um relacionamento sério como dizem aqueles anúncios manhosos dos jornais de distribuição gratuita.

Existe uma série de códigos de entrosamento que nem me passavam pela cabeça, mas que os meus amigos homens amavelmente me informaram e não poderia deixar de partilhar, uma vez que, como sabem, nós aqui prestamos serviço público, sem recebermos qualquer subsídio do Estado. Sinais de fumo a saber:

Um homem sozinho nas compras é um alvo a abater. Depois de se ver se não tem aliança, fico a saber que é essencial reparar se leva lista de compras. Se andar com um papelinho escrevinhado com as necessidades para o lar, é sinal que ou é comprometido ou gay. Em qualquer dos casos, deixou de ter interesse. Há que seguir para outro...

A zona de refeições congeladas para um, é preferencial no que respeita ao engate. Há quem passe infinidades de tempo a passear-se por essas zonas, uma vez que, à partida, são frequentadas por solteiros/divorciados que vivem sozinhos e andam tristinhos com a vida, à caça de algo que os anime... Parece que ali no meio dos armários frigoríficos anda tudo ao mesmo. À procura de algum calor...

A zona das frutas e legumes frescos: um homem neste local é um alvo preferencial! Para além de se preocupar com a saúde e bem-estar, não percebe um boi do que está a fazer. Faz aquele arzinho do “ajudem-me que me sinto tão perdido entre as courgettes e as papaias...” e obviamente que há sempre alguém disponível, uma mão amiga para a verificação do grau de maturidade dos perecíveis. Entre uma ‘snifadela’ no abacate e o apertão na beringela, a conversa e os sorrisos desenvolvem-se à mesma velocidade dos convites para ajuda na confecção da sopinha ou do guacamole.

E tudo se faz entre os aromas da natureza...

Por isso deixem-se de engates nos bares onde está toda a gente aos berros, entre cheiros nauseabundos de fumo e transpiração, e onde não se vê a quantidade de base usada! Nos supermercados, é tudo muito mais realista e genuíno debaixo da luz fluorescente, que feliz ou infelizmente, não dá azo a quaisquer camuflagens. What you get is what you see! E pode depreender-se imenso acerca do interlocutor através do conteúdo do carrinho de compras.

Se calhar, depois disto, a próxima ida ao supermercado já não vai ser propriamente uma seca... e quem sabe se as zonas indicadas não começam a ficar inesperadamente engarrafadas. Cá para mim têm de começar a alargar os corredores, para darem vazão ao corrupio!

TNT

Não quero ter filhos! Ponto!

Avatar do autor TNT, 08.10.07

Um pouco na linha d’ “O Cantinho do Inimigo 3” tão detalhadamente explanado pelo Mike, tiro algumas conclusões acerca da pressão a que nós mulheres, somos expostas. Relativamente ao que respeita à moda ou à manutenção da linha, parece-me que é uma questão genética. As mulheres são naturalmente vaidosas, adoram ver-se ao espelho, gostam de roupa, de cremes e de perfumes, adoram ter o cabelo lindo e tal e tal e para que isto tudo assente como uma luva, é preciso ter um corpinho a condizer.

Enfim... nada de novo! Para as mulheres, estas são realidades tão óbvias como a nossa própria existência.

Foi o primeiro ponto – o que diz respeito ao casamento e filhos – que me causou alguma brotoeja. A minha experiência não me diz propriamente que são as mulheres quem mais deseja ter filhos. Ou as coisas mudaram radicalmente na minha geração, ou sou eu que tenho pontaria e tenho encontrado ao longo da minha vida homens sempre prontinhos para assumir a paternidade com todos os apitos e flautas. Só um, até hoje é que não mostrou qualquer interesse pelo assunto, nem ficou transtornado por eu não andar aqui com o relógio biológico aos pulos!

Li numa revista de actualidade, há uns meses atrás, um estudo feito nos EUA e em França onde se media a felicidade dos intervenientes através de umas pulseiras que usaram ininterruptamente durante seis meses. A felicidade – ou os seus sinais físicos – era medida em todas as situações, sendo que os resultados se revelaram um pouco constrangedores para os ditos cujos. Estas cobaias sentiam uma imensa felicidade quando viajavam, jantavam com amigos ou falavam dos seus filhos... Porém, os níveis de felicidade medidos aquando do convívio com as crias, era exactamente igual ao sentido quando desenvolviam as lides domésticas. Ou seja, brincar com os filhos ou aspirar a casa, inspiravam a mesma emoção... Como dizia Miguel Esteves Cardoso: O Amor é F*****!

Recentemente uma escritora francesa saiu-se com uma autêntica bomba no mercado editorial europeu: 40 Razões para não se ter filhos. Ela verbaliza o que muita gente pensa, mas que ninguém tem tomates para dizer em voz alta. Porque é feio. Porque vão pensar que somos uns insensíveis. Porque é impensável. Porque é pecaminoso. E porque no fim de contas, parece que andamos por esta terra só com o fito de perpetuar a espécie.

Mas sou alguma galinha de aviário ou quê? Será que não tenho o direito de escolher sem ser mal vista, se quero ou não perpetuar os meus genes? Sou propriedade do capitão KFC para passar a vida a pôr ovos indiscriminadamente só porque os outros acham que esse é o meu papel na vida? Não!

Não se é melhor por se ser mãe ou pai!
Não quero ter filhos e recuso-me a ser vista como menos pessoa por causa disto...!
Com tanta adolescente a procriar, não vão precisar dos meus ovinhos para povoar a terra, pois não?

TNT

As Time Goes By...

Avatar do autor TNT, 21.06.07

Em conversa com amigos, interrogamo-nos quais os tempos politicamente correctos entre o conhecimento, o beijo, os amassos e finalmente o sexo. Devo dizer-vos que não chegámos a conclusão nenhuma, mas ainda nos rimos a valer com as gritantes diferenças e o generation gap.

Percebemos, no entanto, que quando somos mais novos a coisa demora mais entre o beijo e o sexo ao contrário dos mais velhos. E que os mais velhos demoram mais entre o conhecimento e o beijo, mas depois é sempre a abrir, ao contrário dos mais novos que ficam ali a engonhar.

Fazendo bem as contas, acabamos por demorar os mesmos tempos. Demoramo-nos é em etapas distintas. A avaliação do risco é diferente.

Num jantar com amigas trintonas sai a seguinte bomba: “... eh pá, lá tive de me embrulhar com ele... já não temos idade para andar aos beijinhos, não é?... é esperável que saltemos logo para o step 3... mas pronto, lá dei uma abébia... também olha, que se lixe...”

Então afinal qual é o tempo social e politicamente correcto para o salto para a espinha? Quanto tempo nos devemos demorar em cada etapa?

Os mais novos têm o pudor de serem conotados como fáceis.
Os mais velhos não têm pudor. Foi-se com a idade e há pouco tempo a perder com coisinhas...
Os mais velhos têm medo de se meterem em alhadas. Muitos anos a virar frangos...
Os novinhos pelam-se por uma boa confusão! Saltam para o beijo logo a seguir ao conhecimento que é um mimo...!

O comportamento considerado “devasso” até aos 25/29, passa a ser normal a partir dos 30!
O comportamento considerado “decente” até aos 25/29, passa a ser anormal a partir dos 30!

Ora, havendo esta confusão toda de valores, e que depois ainda sofrem as variáveis geográficas e culturais, eu diria que o melhor é ser sempre devassa!
Sempre satisfeitinha, de barriguinha cheia, boa disposição e sorriso estampado na cara!

Pelo sim pelo não, antes comida, do que com uma lariquita... que a fome nunca trouxe alegria a ninguém!

TNT

Olhó Robot!

Avatar do autor TNT, 11.04.07

Há uns tempos vi um filme com a lindíssima Nicole Kidman que tratava de uma comunidade de sonho para qualquer homem que se preze. As mulheres eram lindas, elegantes, bem-dispostas, disponíveis, bombas na cama e umas autênticas fadas-do-lar. Claro que não há bela sem senão, e as fabulosas Stepford Wives eram robôs programados para agradar aos homens. Desprovidas de qualquer traço personalístico, convicção e opinião, as máquinas estavam ali para satisfazer qualquer capricho masculino, sem qualquer reclamação e com um sorriso “pepsodent” permanente nos lábios.

Ora eu confesso, que não foi já uma vez nem duas, que disse que gostaria muito de ter um remote control para os homens a quem acho piada. Porque assim, podia calá-los quando começassem a ficar chatos. Podia movimentá-los, quando a mim não me apetecesse. Podia pô-los a cantar-me ao ouvido, a dançarem para mim, a cozinharem, a servirem-me o pequeno-almoço na cama...

Enfim... a única coisa que não poderia fazer seguramente era admirá-los e respeitá-los. E isso, é fundamental. Sem isso, não há qualidades que lhes valham... Para mim, é indispensável sentir admiração pelas criaturas. Tenho de gostar de os ouvir durante horas seguidas, se for caso disso. De ficar pasmada com a sua originalidade. E já agora, preciso que me façam rir até às lágrimas, que a vidinha sem rir não dá!

Um Stepford Husband não é para mim. Quer dizer... de vez em quando, até dava jeito!

TNT

És cientista? Precisas de uma ideia?

Avatar do autor tsetse, 29.03.07

Devem haver por aí alguns cientistas na dúvida sobre o que inventar a seguir, sem saber o que fazer para melhorar o mundo. Pois eu tenho uma boa ideia. Algo que iria melhorar a qualidade de vida de muita gente: Um aparelho inteligente, que detectasse o humor de uma pessoa e, conforme o seu estado, permitisse programar uma série de acções, que variariam de caso para caso. Assim grosso modo e como exemplo, estou a lembrar-me das seguintes acções:
1. Fechar o frigorífico e a caixa das bolachas, sempre que detectasse
um alto nível de ansiedade;
2. Não permitir grandes movimentos na conta nem empréstimos, quando a
pessoa estivesse apaixonada;
3. Não permitir fazer telefonemas ou enviar e-mails aos ex-namorados, quando estivesse deprimida ou bêbeda;

Acabariam, decerto, com metade dos males do mundo.

Há também outros aparelhos que dariam muito jeito como, por exemplo:
1. O teletransporte - ui, quantas férias maravilhosas eu não faria;
2. Um robot baratinho para nos ir buscar coisas enquanto estamos refastelados, e
3. Uma máquina eficiente que fizesse exercício por nós.

Depois não digam ah e tal, não sei bem o que hei de fazer. Ideias não faltam!

Tsetse