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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Quando eles nos irritam - Parte I

Avatar do autor TNT, 08.07.09

Na sequência do post O Príncipe Básico, muitas vozes masculinas se levantaram em protesto afirmando que eu só devia conhecer animais, bestas, trogloditas e outros mimos do género.

A questão é que quando os conheço eles são uns autênticos amores-perfeitos – refiro-me à flor – e nada leva a crer que, mais tarde ou mais cedo, venham a transformar-se em ogres…

Para ficarem mais elucidados, aqui vai uma lista de coisas que irrita a maioria das mulheres e depois não venham para aqui dizer que nunca fizeram nada disto. Se assim é, deviam ser alvo de estudo pela ciência genética, expostos em museus ou no Panteão depois de mortos e elevados a santos pelo Vaticano!

  1. Não passar a banheira por água após o banho – fica o rasto dos pêlos e outros elementos impossíveis de identificar para termos mesmo a certeza que esteve lá um animalito
  2. Deixar o tampo da sanita levantado – por tampo entenda-me aquele donut onde a malta feminina se senta sempre, seja para a função 1 ou 2
  3. Não puxar o autoclismo depois da função 1 – já nem falo na 2 que aí a coisa já seria mesmo animalesca!
  4. Deixarem os sapatos na sala – nunca percebi porque se descalçam na sala…
  5. Deixar a toalha molhada em cima da cama – não sei se fazem apostas sobre o cheirinho a mofo ou se só pretendem deixar apodrecer o edredão
  6. Cortar as unhas dos pés perto de nós – eh pá, poupem-me ao clack, salta garra, clack, nova garra…
  7. Não cortarem as unhas dos pés – de forma a arranharem-nos as pernas de tal maneira que nos estão sempre a perguntar se o nosso gato anda com algum problema de raiva
  8. Não passarem os pratinhos por água depois de comer - esperando que aquilo fique tipo super cola 3
  9. Não substituírem o rolo de papel higiénico quando está no fim (ou quase) - deixando apenas uma folhinha para ver se enganam o próximo
  10. Deixarem umas duas ou três gotinhas de leite no pacote sem o substituírem – também nunca percebi esta…
  11. Não meterem o leite no frigorífico depois de se servirem – sabiam que aquilo se estraga?
  12. Deixar roupa suja espalhada pela casa – à laia de decoração pós-apocalíptica
  13. Acharem que as compras aparecem feitas por milagre – tipo pai natal semanal
  14. Deixarem as cascas de qualquer fruto seco por ali – especialmente amendoins – e depois vem o ventinho e pimba, espalha tudo!
  15. Deixarem pegadas molhadas pela casa quando saem do banho – porquê, senhores, porquê?

 

Teste para as meninas. Não deixem de fazer!


Fim da primeira parte. Já estou com uma carga de irritação em cima que não se aguenta.
Aguarda-se sequel

TNT

Geração X, Y, Z e afins...

Avatar do autor TNT, 09.09.08

Ando um bocado preocupada com a nova geração de garotas que anda por aí...

De todas as gerações devida ou erradamente identificadas como X, Pepsi, Rasca ou Whatever, não as vejo encaixar em lado em nenhum. A não ser, talvez, numa nova geração M de malcriadas, S de sem classe, B de baixo nível ou I de infelizes.

No meu local de férias, assisto a uma cena de chegada de um jantar de quatro miúdas giríssimas, elegantes, bem-vestidas e cheias de pinta. Observação de uma delas: “eh pá, vocês são cá umas c*nas!” Ehhhh... aquilo caiu-me tão mal a seguir ao jantar...! Lá teve de vir um chá de cidreira para acalmar o estômago...

Tinham todo o ar de meninas de Cascais, mas rapidamente as identifiquei como rascas de Cascais.

Será que as mãezinhas delas não lhes explicaram que o facto de serem mulheres acarreta mais responsabilidades a todos os níveis? Ou será que as mãezinhas também mandam umas caral**das, enquanto chamam pelo Salvador, pelo Martim e pela Matilde? “Cab*ão do Bernardo que não há maneira de chegar... F*da-se!”

É que isto não é só serem convidadas para as festas da Silly Season. Há que se saberem comportar, mesmo quando o jantar não caiu bem. A azia é lixada mas experimentem Kompensan. Dizem que é bom!

 

TNT
 

Conhecer os pais deles...

Avatar do autor TNT, 27.08.07

Todos conhecemos a influência que os pais têm, nas opiniões/decisões das
pessoas com sorte de terem famílias funcionais (em oposição a
disfuncionais... será assim que se diz? funcionais? cheira a Estado
que ferve...!)

Há uns tempos atrás, uma amiga minha queixava-se das dificuldades de
relacionamento que tinha com os sogros e creio que na altura nem
sequer eram sogros oficiais, apenas oficiosos... Que era tudo muito
difícil, que eram inflexíveis, que influenciavam o seu mais-que-tudo,
etc, etc...

Pois é, fiquem sabendo que estas são batalhas perdidas! Contra os
sogros, nada a fazer. Mãe é mãe, e nós não gostamos nada que
contrariem a nossa. Ou que a desdigam. Ou que a ofendam, ou ainda que
ponham em causa a sua sanidade mental. Se alguém pode fazer isso,
somos nós! Nada de segundos ou terceiros a meterem o bedelho nas saias
das nossas mãezinhas.

Parece-me que a fórmula de sucesso ideal para um bom relacionamento
reside no bom princípio da coisa. Quando se derem a conhecer aos pais
dos respectivos, falem pouco. Oiçam... é muito melhor, mais prudente e
mais inteligente. O assunto deve ser encarado como uma entrevista de
emprego em que devemos mostrar o nosso melhor. Nada de temas
polémicos como a política, religião ou bons costumes. Nada de grandes
revelações sobre nós próprios e muito menos sobre terceiros. Manter o
low profile é essencial, enquanto não soubermos que terreno pisamos.

Depois, e para manter uma boa relação com os nossos caros respectivos,
há que ter uma infinita paciência para ouvir as queixas dos seus
progenitores, um belo ipod para conseguirmos ignorar certas coisas
quando já se está naquela fase perigosa, prestes a explodir podendo
incorrer-se no gravíssimo erro de responder torto ou ao lado, uma
grande dose de humor (enquanto se riem, não chateiam nem dão palpites)
e finalmente saber contar até 100 em silêncio de trás para a frente...

As guerras ganham-se batalha  a batalha. Se bem que, nestes assuntos
dos paizinhos, é muito melhor entrar nas freakalhices do "Make Love,
Not War"!

TNT

De novo sobre a igualdade...

Avatar do autor tsetse, 19.06.07

Estava eu, ao almoço, a falar sobre a igualdade de deveres domésticos com alguns exemplares do sexo masculino e eis o que eu ouço:
"Esses homens não ajudam em casa pois sabem que têm alguém para fazer tudo", "se têm alguém que o faça, para quê complicar", "elas só ficam nessas relações porque querem" e "têm o que merecem, pois se não gostassem iam-se embora".

Pois é... Achavam que eles vos iam valorizar pelo vosso trabalho dobrado? Que vos iam achar umas super mulheres, salvadoras do sagrado matrimónio? Enganam-se. Acham-vos umas otárias.

Por isso, minhas amigas, acordem! Escolham a pessoa certa e eduquem-na desde o início. O coitadinho não sabe passar a ferro? Então que aprenda. Nada de dizer "deixa lá, eu faço". Isso implica fazer para sempre.

Se todas as mulheres forem coerentes, exigirem a partilha de tarefas e educarem os filhos a não compactuar com injustiças, não teremos que passar por isto.

Porque a verdade é:
A maior parte dos homens tem um comodismo superior à sua vontade de ser justo.

Tsetse

Os direitos iguais mataram o cavalheirismo?

Avatar do autor tsetse, 13.04.07

Quem lê este blog com alguma frequência sabe que eu sou uma forte defensora dos direitos iguais. Sei que outras autoras não concordam comigo, mas a graça deste blog está também na diferença de opiniões. Defendo direitos e deveres iguais e gosto de pagar os jantares a meias.

No entanto, defendo alguns comportamentos que, para mim são apenas cívicos, mas que para os outros são muitas vezes considerados discriminatórios. Por isso, já tive que ouvir várias vezes comentários como: "Se queres a igualdade, porque esperas que os homens te abram a porta?"
A resposta é simples: porque aprecio as pessoas civilizadas e atenciosas. Na realidade, eu não peço mais do que eu dou. Eu também abro a porta à minha avó, quando ela anda comigo de carro. Eu também deixo passar as senhoras mais velhas, à entrada dos elevadores. Eu também fico à espera que as minhas amigas entrem em casa. Eu também me baixo para apanhar o que alguém mais velho deixou cair.

Ou seja, há uma série de regras que nos ajudam a viver de forma civilizada e, se as seguirmos, escusamos andar todos aos empurrões e a pensar na melhor maneira de ser atencioso.

Alguns exemplos:
- Quando estão várias pessoas à espera para passar por uma porta, deixa-se passar primeiro as mulheres e depois os homens. Entre pessoas do mesmo sexo, deixa-se passar primeiro as pessoas mais velhas. Assim, não há empurrões nem tempos mortos de espera, do tipo "ai será que ele passa ou não, espero ou não... e entretanto já aqui estou a aqui a fazer figura de parvo".
- Quando várias pessoas vão entrar num carro, em vez de se discutir quem vai à frente, já se sabe como escolher: prioridade para a mulher mais velha.
- Quando se vai sair com uma pessoa mais (ou igualmente) frágil, deve-se acompanha-la a casa e garantir que a mesma entre em segurança.
- Quando um homem leva no seu carro uma senhora (ou uma senhora leva no seu carro alguém bastante mais velho), deve sair para abrir a porta e certificar-se de que esta sai em segurança.

E tudo isto não é discriminação, é civismo!

Tsetse