As meninas e o cinema - conversa #12
tsetse, 29.04.09
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Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.
tsetse, 29.04.09
TNT, 06.01.09
Fui ver o Mulheres!, um filme onde só entram mulheres, à excepção de um bebé do sexo masculino mesmo no fim. É feito maioritariamente por mulheres, interpretado apenas por mulheres e tenho a certeza que todas as que estavam a assistir se identificaram com uma ou outra situação, se não com todas.
O tema central do filme é uma situação que aparentemente acontece na vida de toda a gente, principalmente na das mulheres: a traição.
E, pelos vistos, a traição é transversal. Não olha a idades, a níveis sociais ou culturais. Deve ser dos factores mais democráticos da vida e acontece a todos. Porém, existem diversas formas de lidar com ela, o que também é altamente anárquico. Não existem regras nem guias, não existem fórmulas correctas.
Há quem prefira enfiar a cabeça na areia, esperar que passe, e fingir que nunca aconteceu. Há quem faça uma escandaleira e ache que o mundo acabou logo ali. Há quem recuse liminarmente que isso acontece, mesmo quando exposto/a a todas as provas e evidências. Há quem, numa de vingança, se enrole com alguém, só para sentir as contas saldadas. Há de tudo. Mas o que é comum a todas as situações é o sofrimento que isso causa e a inevitável transformação para o resto da vida. Uma vez que se trai ou se é traído, a vida muda. Funciona ali um bocado como a puberdade, a entrada na faculdade, o nascimento de um rebento. Nunca mais nada é igual.
Há que aprender a lidar com este factor que, mais tarde ou mais cedo, nos bate à porta. Penso que o segredo para ultrapassar a coisa deve residir em não nos esquecermos de quem somos e não vivermos em função da outra pessoa. Amarmo-nos mais a nós do que ao outro. Porque, seja qual for a nossa postura e reacção ao choque, temos de nos pôr sempre em primeiro lugar.
Para quem começou cedo a trair ou a ser traído, dificilmente haverá remédio ou panaceia que valha. Para quem achar que ainda não se estreou nestas lides, prepare-se. Não é fácil. E não é por vermos os outros passarem pela experiência que aprendemos a lidar melhor com as coisas. Cada pessoa sofre à sua maneira e a nossa própria dor é sempre diferente e, quase sempre, maior.
TNT
TNT, 20.06.08
Fui ver o filme... pois claro! Fui à estreia. Eu e algumas centenas de mulheres, meia dúzia de casais gay e alguns homens hetero, nitidamente arrastados pelas suas fêmeas. O mulherio em êxtase, batia palmas e ouvia-se um ou outro bruaá quando entrava alguma personagem importante. Eu, completamente hipnotizada pelos sapatinhos que iam desfilando no ecrã. Futilidades próprias do género à parte, achei o filme a querer roçar o romântico e uma tentativa idiota de nos vender a ideia de que afinal as nova-iorquinas fashion querem é casar com véu, grinalda e flor de laranjeira.
Se assim é, devo dizer que as portuguesas urbanas (como eu e aqui a minha sócia) estão muito mais à frente. Se a felicidade estivesse dependente do casamento, não estaríamos em primeiro lugar no número de divórcios na Europa! Digo eu...
As mulheres querem é ser felizes! O casamento é apenas uma canseira! Um factor de stress imenso com convidados que não se dão, distribuição absolutamente cuidada das mesas, escolha criteriosa da ementa, vestido, local... uma canseira para a qual não há pachorra! O casamento per si pode estragar qualquer relação. No fundo, o casamento pode dar cabo do casamento. Há casais que não resistem ao casamento (boda) e que por isso não chegam sequer a ter o casamento (relação) com que sonharam, em consequência de complicações trazidas pelo casamento (boda).
O português é, de facto, uma língua muito traiçoeira. Atraiçoa-nos desta forma insultuosa insinuando que casamento e casamento são uma e a mesma coisa. Por estas e por outras é que os anglo-saxónicos têm a distinção entre wedding e marriage. Eles lá sabem...
TNT
TNT, 13.09.07
TNT, 11.04.07
TNT, 02.06.06
TNT, 29.04.06
Assim que o filme estreou apressei-me a ir vê-lo. Queria perceber, tinha imensa curiosidade em entender os comportamentos de dois machões apaixonados que não fossem propriamente rabilós.
Já conhecia os estereótipos dos machões polícias, bombeiros, marinheiros, etc., mas os cowboys ainda me falhavam. É que western não faz exactamente o meu género.
Fui a um cinema “pipocas free” para uma maior concentração. A moçoila ao meu lado saía passava meia-hora. Se calhar pensava mesmo que era um western, não sei. Várias pessoas abandonavam a sala de cinema o que perturbava um pouco a minha capacidade de perceber como e a que propósito é que eles subitamente se saltaram prá cueca e nem umas flores, nem uns beijinhos, nem uns afagos nem coisa nenhuma. Foi logo, passa para cá o befe que aí vou eu! Mas foi querido... ainda meteu um cuspinho que o KY Gel não abunda nas montanhas do Wyoming..
Quando dizem que os homens são umas bestas, não será completamente falso. O que me alegra é que eles não são só umas bestas connosco (mulheres) mas também o são entre eles. Ou seja, é mesmo prerrogativa do cromossoma Y. O que nos deve descansar um pouco para percebermos que o mal não está em nós. Eles não conseguem mesmo partilhar emoções e sentimentos nem ao fim de 20 anos. A lição BBM deveria ser obrigatória entre as mulheres para que se convencessem que não adianta tentar. O melhor é aproveitar as idas à pesca, mesmo sem cana e isco e tentar sacar o maior número de trutas.
E eu que tinha uma visão tão romanceada das relações gay... Já foi!
TNT