Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Os Prés e os Pós

Avatar do autor TNT, 10.01.07

Na sequência dos últimos posts, manuais e sebentas, conselhos e dicas, senti-me um bocado na obrigação de contar alguma da minha experiência, não em termos de manuais e técnicas, pois não será tanto o meu métier (não sou nenhuma marta crawford), mas mais em termos de comportamentos pré e pós acto.

O sexo por si só, uma queca ocasional, um one night stand é uma coisa. Tem pouco pré e nenhum pós. É óbvio que há sempre aqueles amigos coloridos que nos levam às nuvens, que conhecem a misteriosa localização do ponto G (duh!?!) mas que não passam disso... Digamos que estes têm uns pré(zinhos) e uns pós(zinhos)!

O sexo a dois (ou a três: eu, tu e nós dois, como diz um amigo e leitor deste blog) é outra conversa. Inclui mimo, atenção, conversa, apoio.

Parece-me que por mais técnicas sexuais que se desenvolvam há sempre esta questão que se passa fora dos lençóis. E realmente, para as mulheres essa é mesmo muito importante, primordial até. É daí que extraímos a nossa vontade de nos entregarmos de corpo, alma e marotice a alguém. O pré leva ao pós.

Quando a pessoa X não nos dá este tipo de atenção, corre o risco da pessoa Y ou Z se chegar à frente e nos dar aquilo que queremos. Porque a nossa disponibilidade para o exterior - para os Ypsilons e Zês - vai crescendo à medida que decresce a dedicação do X. Sem pré não há pós! Passamos a ter uma placa “Available” na testa e um sorriso de boas-vindas nos lábios.

Welcome sir! Coffee, Tea or... me?

TNT

Homens em Banho-Maria

Avatar do autor TNT, 29.12.06

Quem me conhece sabe que gosto de planeamento, de prever as situações imprevistas e de ter os detalhes todos em vista e consequentemente um plano B caso a coisa dê para o torto. Mais dos que os planos A concebo os planos B. Até porque como sabemos, com tantas contrariedades, acabamos sempre por recorrer aos planos B.

Posto isto e como breve nota introdutória, passo ao que interessa. Da mesma forma como concebo vários planos B, gosto de ter, como costumo dizer, algumas janelas abertas. Não chegam a ser portas, apenas janelas. Claro que podem sofrer ugrades e passarem a ser portas. Mas por enquanto, serão apenas janelas. Ou seja, tenho sempre gajos de recurso. Ali assim em banho-maria. Meio em stand-by.

Acho que todas as mulheres descomprometidas os têm. Suponho que sim. E se não os têm, devem arranjá-los rapidamente. E convém serem de estilos diferentes. Embora tenham de ser todos divertidos e cavalheiros, claro.

Convém termos um beto giro, burro como as casas, socialmente encantador, bem vestido, bem falante. Claro que com este não podemos ter grandes dissertações acerca de assuntos mais profundos da alma, até porque eles não sabem o que isso é, nem vem no último catálogo da Breitling ou da Porsche. O humor é básico.

Convém termos um geek. São tão giros. Têm tanta graça. Gostam daquelas coisas que mais ninguém gosta, que não são fashion nem trendy. Gostam de ficção científica, jogar role-play, card e board games, têm sempre o último grito em gadgets e são puros e ingénuos que só apetece. Com estes vamos ao cinema, concertos e exposições underground. O humor é requintado.

Convém termos um empresário materialista. Põe-nos os pés no chão, diz-nos como a vida é realmente. Gostam de luxo e de tudo o que é bom. A este definitivamente podemos levá-lo para o hotel. Porque normalmente é onde têm a sua melhor performance. O humor é corrosivo.

Convém termos um artista que nos deslumbra com aquele lado meio lunático, meio louco, meio sombrio e extravagante, mas que obviamente não podemos levá-lo a todo o lado, à excepção de todos os bares do Bairro Alto. O humor é negro.

Como vêem, falta pouco para atingirmos a felicidade suprema. Para cada mulher deverão haver outros estilos mais importantes. Quanto a mim, se tiver estes quatro, já fico satisfeita!

O estado de nirvana seria obviamente o 4 em 1. Mas isso são histórias de encantar...

TNT

Decotes Atrevidos e Homens Convencidos

Avatar do autor TNT, 27.12.06

Eu, como a grande maioria das mulheres do mundo desenvolvido, passo a vida a tentar emagrecer, ficar mais elegante, preocupada com a linha e sempre a querer caber naquela roupa fantástica de quando eu tinha 19 anos e que agora está novamente na berra.

Nos últimos meses tenho vindo realmente a conseguir e noutro dia oiço um comentário do género: “Ai, a menina já está a ficar muito magra. Veja lá não exagere porque os homens também gostam de chicha...” 

Gostam de chicha??? E eu com isso?

Mas eu ando a ver se fico em forma por causa de gajos? Será que é essa a impressão que fica quando uma mulher quer ficar melhor, andar mais bonita, vestir-se de forma mais ousada?

As mulheres, de uma forma geral, arranjam-se porque são vaidosas, porque adoram ver-se ao espelho, porque gostam de roupas giras (que obviamente só ficam bem se se tiver aqueles kilos a menos..), porque se sentem mais seguras e consequentemente capazes de feitos impossíveis quando andam de fato de treino!

Arranjamo-nos conforme o nosso estado de espírito. Há dias em que nos sentimos caçadoras e ninguém nos segura. Com certeza nesses dias, preferimos roupa interior de matadora. Se alguém vai ver ou não, pouco importa. Porém, há dias em que só apetece jeans e camisolão. E nesses seguramente, a roupa interior será de algodão.

O que os homens não entendem é que os nossos dias não são passados a pensar em agradar-lhes. E nem sempre vestimos mini-saia para atraí-los. E mesmo quando temos um decote até ao umbigo, pode não ser sinal verde para nos saltarem para a espinha. Podemos ser mesmo vaidosas, exibicionistas, loucas sem pensarmos em meter homens ao barulho.

Por isso não pensem que quando uma mulher se veste de forma mais ousada, ela esteja a pensar em agradar-vos. Pode estar num daqueles dias que gosta mais de si própria que o costume.

TNT

Dos 50 Canais à Quinta Avenida

Avatar do autor TNT, 02.12.06

Acabo de ver um anúncio de um serviço de televisão por cabo e fiquei com náuseas. É um tipo que chega a casa e encontra uma carta da mulher a comunicar que se foi embora porque ele não se chegou à frente com €15,50 de mensalidade para ela poder assistir à diversidade de canais oferecida pela companhia.

Bom... Após recuperação do choque inicial verifico com tristeza que esta pode ser uma realidade instituída no nosso país.

Deixar um gajo agarrado à roupa para lavar, não me parece nada mal. Mas se tivermos de sair de casa que seja por motivos mais nobres. Sei lá... conhecermos um tipo que é uma bomba na cama, ou um que nos leve para um paraíso no Índico, ou que nos venere como merecemos. Agora por causa da TV Cabo??

Meninas, valorizem-se. Que enquanto não se valorizarem, continuaremos a ter esta política de achincalhamento que com certeza não vão querer passar às vossas filhas.

Se tivermos que nos vender, acho que o mínimo exigido é uma penthouse na Quinta Avenida e vários tipos para nos concederem os mais raros desejos!

Hum... nada mau, hein?

TNT

Mendicidade do Sec. XXI??

Avatar do autor TNT, 28.11.06

Em conversa com um “amiguinho” pergunta retoricamente como é que uma mulher mantém um homem em casa com ela. Eu com ar de pontos de interrogação, digo que sei lá, que nunca me tinha ocorrido. Ao que ele me transmite uma técnica milenar, aparentemente muito usada ainda nos dias de hoje: fazer beicinho, choramingar um pouco e mendigar afectos.

 

Eu nem acredito!!

 

Que estas “técnicas” funcionem com os homens, é mais que normal, agora que as mulheres as utilizem, é que me faz passar da cabeça!

Ou eu tenho tido muita sorte e os meus mais-que-tudo quando estão ali comigo não se querem pôr a andar, ou então utilizo outras “técnicas” bem mais divertidas! Para mim e para eles, claro... Que eu, sou uma rapariga que gosta de partilhar!

 

A questão é que nunca me tinha passado pela cabeça fazer beicinho e muito menos mendigar afectos. Nem sei como é que isso se faz!

 

Mulheres portuguesas: não nos façam isto! Não nos façam regredir séculos! Eles têm de estar connosco porque somos óptimas, fantásticas, deslumbrantes e irresístiveis. Não porque somos vítimas, choramingonas e artistas do fingimento.

 

Fingir é só em algumas ocasiões e é com quem merece mesmo muito...

TNT

Sexo com Especiarias e os Estômagos Sensíveis

Avatar do autor TNT, 24.11.06

Após ter ido pela segunda vez à Gathering Party, começo a pensar se pelo facto de termos um certo tipo de fixação/gosto/preferência/inclinação/fetiche, enfim, o que lhe queiramos chamar, precisamos de entrar em grupos específicos, frequentar determinados locais ou pertencermos a “tribos”.

Pelo que me diz respeito, não sou muito de rebanhos. Gosto pouco de grupos, excursões e caravanas.

Mas vamos supor que acho graça a algum “fetiche”. A verdade é que a maior parte dos homens ditos normais, não compreende estas coisas.

Ficam logo receosos, de pé atrás, a achar que somos umas loucas, e que a qualquer momento vai sair um tipo vestido de batman do armário e tirar-lhes as virtudes. Se calhar é porque não se sentem completamente confortáveis com a sua própria sexualidade. Ou se calhar é porque são muito mais retrógados do que nós mulheres.

Para as mulheres declararem as suas inclinações têm de ser muito cautelosas, terem pézinhos de lã, porque não dá para espantar a caça assim logo de chofre!

Porque, por mais interessantes e modernaças que as pessoas sejam no seu dia-a-dia, vão ver que depois na parte íntima da questão, vem ao de cima o conservadorismo e todas aquelas tangas que foram apreendendo ao longo da vida.

“... Nah... esta não é mulher pra mim... mulher minha tem de se comportar e ser uma senhora...Sempre!!!...”

Eu já sei que os caros leitores me vão contestar, mas a verdade é que isto acontece muitas mais vezes do que as que desejaríamos. Como dizia o outro: “Believe me... I know.”

TNT

Confessionário de Azulejos

Avatar do autor TNT, 02.11.06

Sempre ouvi dizer que as mulheres iam aos pares para a casa-de-banho. Não sou uma adepta. Acho que são actividades solitárias, que exigem alguma concentração, rapidez e eficácia. Para tal, não nos devemos distrair com terceiros elementos.

De qualquer modo, constatei que realmente as mulheres se fazem acompanhar por outras mulheres nestas idas. Noutra noite fui a um clube da capital, a umas horas que já ultrapassavam os limites da decência e corri para a casa-de-banho que estava cheia até à porta. Estou lixada, pensei. Estou aflita e estão cerca de 20 mulheres à minha frente. Porém, ao vagar um dos gabinetes, ninguém se precipitou para o dito. Perguntei a várias raparigas se iam e olhavam-me com um ar desconfiado. Duh? Claro que não iam! Estavam só na casa-de-banho.

Confesso que para além de aliviada, fiquei abismada!

Estavam 20 mulheres na casa-de-banho à conversa, a retocar a maquilhagem, nos penteados e ninguém usava a dita para os efeitos para a qual foi construída. Partilhavam confidências e rímel, conselhos e spray fixante. Só as mulheres para fazerem uma coisa destas.

Os homens, quando vão à casa-de-banho é para despachar rapidamente, com medo que o vizinho do lado repare no tamanho da sua pila.

Porque esta é a sua preocupação constante. Tratar de todas as necessidades fisiológicas em primeiro lugar e estar sempre alerta para que o macho do lado não invada o seu território.

TNT

Será que ele vai mudar?

Avatar do autor tsetse, 12.10.06

Se há uma característica mais comum às mulheres do que aos homens é a capacidade de acreditar que são as tais que vão mudar o parceiro. O homem pode ter tido dez namoradas e ter traído as dez, que a décima primeira vai ser tentada a achar que com ela vai ser diferente.

Mesmo que a mudança pretendida seja menos radical (tipo, "eu vou fazer com que ele tenha vontade de ficar mais em casa") e o resultado seja positivo, coloca-se outra questão: será que ela vai gostar dele, depois? Porque, na realidade, ela apaixonou-se por ele quando ele tinha, por exemplo, uma atitude confiante e umas conversas divertidas. E isso pode não se manter depois da metamorfose.

Isto levanta duas questões:
1. O que nos leva a achar que podemos ser melhores (ou mais sortudas) que as outras todas?
2. Porque queremos melhorar o que já gostamos?

A resposta à primeira só pode ser fé.
(Ou, em alguns casos, demasiada confiança nas suas capacidades.)

A segunda questão é mais complicada...
Na realidade, mudar uma pessoas em certos pontos, tem implicações noutras áreas e é de facto muito arriscado. Mas o problema começa no facto de nem sempre nos apaixonarmos pela pessoa certa ("o amor tem razões que a própria razão desconhece"). E continua com o facto de alguns homens não quererem ceder por iniciativa própria. Enquanto a mulher é capaz de mudar de bom grado uma série de coisas, para se aproximar do homem, o homem é mais distraído (ou, pelo menos, finge ser). Ou seja, nós queremos mudar o homem porque ele não tem o bom senso de o fazer.

Tsetse

Gostamos de homens... pronto!

Avatar do autor TNT, 09.08.06

Não sou romântica. Não tenho jeito para seduzir, nem para ser seduzida. Não tenho a menor paciência para conversas de engate e muito menos para a canção do bandido.
 
Com um briefing destes não é fácil. Porém, há sempre formas de encantar uma mulher por mais picky que ela seja.
 
Há coisas muito simples mas que consideramos fundamentais. Não falo por todas as mulheres, obviamente, mas sei que falo por uma grande maioria. Há aquelas com ar de camionista que coçam o que não têm, etc, e estas podem considerar-se excluídas deste rol, com o devido respeito.
 
Vamos então ao que interessa!
 
Gostamos de cavalheiros. Gostamos que nos abram as portas, incluindo a do carro. E meus meninos, lá por terem fecho centralizado de portas, não basta accionar o dito. Há que dar a voltinha e abrir a portinha para a menina entrar. À saída não é completamente necessário, fiquem desde já sabendo... Gostamos que nos dêem os melhores lugares, que nos vão buscar as bebidas, que nos acompanhem à porta, que nos dêem presentes inesperados (quase tiro e queda... tradução: queca na certa!)
 
Gostamos de pacientes. Gostamos que oiçam as nossas queixas por mais absurdas que pareçam, que nos mimem e nos apapariquem. Gostamos que nos encham o copo ao jantar, mil vezes se necessário.
 
Gostamos de originais. Gostamos de homens engraçados, com ideias e convicções próprias. Gostamos que nos façam rir. Gostamos que tenham um estilo próprio e que não sejam iguais aos outros todos.
 
E finalmente gostamos de civilizados. Daqueles que podemos levar a qualquer lado e que não nos deixam ficar mal.
 
Vá lá... tentem lá... Vá lá... faço anos para o mês que vem...

TNT

Pessimista mas Agradecida...

Avatar do autor TNT, 05.07.06

Há quem diga que sou pessimista em relação aos homens.
Nem por isso... A verdade é que nunca espero nada deles. Isto significa que, quando eles se saem com atitudes positivas eu fico sempre agradavelmente surpreendida!

Chego até a achar que tenho mais sorte que as outras meninas. Elas têm sempre imensas ilusões acerca da última aquisição e depois acabam sempre por constatar que afinal tudo não passava de uma visão romanceada, provocada pela paixão (ou cegueira, como queiram) ou por demasiada leitura de revistas femininas.

Eu cá, prefiro precaver-me e achar que são todos uns inúteis. Assim, quando se tornam úteis, eu fico tão conteeeente! O que para mim é excelente, e para eles também não deve ser nada mau. Afinal, sempre me ensinaram a agradecer à altura da situação...

TNT