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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Os Interesseiros sem Interesse

Avatar do autor TNT, 22.05.07

No jantar do Interno Feminino com o Sus, vencedor dos passatempos mil e dez mil, foram abordados imensos temas e dúvidas para ambos os sexos, revelações de alguns mistérios, esclarecimentos e aconselhamentos para eles chegarem lá (cá) mais rápido e melhor, etc... No meio da conversa surge um tema assim meio constrangedor e permaneceu aqui algum desconforto ou uma pulguita atrás da orelha.

A pergunta quase em tom de afirmação foi: “As mulheres são muito interesseiras, não são?” Embora eu e a Tsetse tenhamos a maior parte das vezes opiniões divergentes, a nossa resposta foi mais ou menos consensual. Acabámos por dizer que não há mulheres nem homens interesseiros. Há pessoas interesseiras. Há pessoas mal formadas. Há pessoas sem carácter.

Confesso que fiquei a remoer o assunto e chego à conclusão que todas as pessoas que conheço que são interesseiras, são também igualmente desinteressantes.

São parasitas que se alimentam das pessoas com interesse ou interesses. Ou até, que se alimentam das pessoas que têm parentes ou amigos famosos ou interessantes. Porque por vezes, só isso lhes basta, já é suficiente, tal é a falta de interesse que possuem.

Os interesseiros são movidos e atraídos pelo interesse dos outros como as traças pela luz ou as moscas pela m****. Sentem-se irremediavelmente hipnotizados pelo dinheiro, pelo carisma, pelo poder, pela beleza ou por tudo isto ao mesmo tempo. São seguidores e nunca chegarão a líderes. São fascinados e não fascinantes. São, no fundo, insectos incomodativos que sugam o sangue dos outros e que nunca irão parar. Não porque o sangue não seja bom, mas por uma insatisfação interior que não os larga.

A isto chama-se vazio.
Sem conteúdo. Sem recheio. Sem sabor. Sem graça. Sem nada.

TNT

"Mulher de amigo meu é homem para mim"

Avatar do autor TNT, 17.05.07

Num jantar com um dos meus banho-maria, leia-se um galdério de primeira, quando em conversa com mais amigos se fala de um conhecido comum. Ambos surfistas, com uma corte invejável de garotas, escandalizava-se o meu menino, porque o outro se tinha enrolado com a XXX. Ela, casadíssima com um elemento das nossas relações, mãe de filhos e supostamente respeitável.

- Vê lá... como é que ele com tanta gaja se foi logo embrulhar com ela... Já viste que mau? Eh pá, ela é casada com o nosso amigo... Isso não se faz... Mulher de amigo não se toca e tal e tal.
Isto vindo de um dos maiores engatatões amorais da história! Mas muito bem apessoado, diga-se em abono da verdade....

Os homens com estas teorias que "mulher de amigo meu é homem para mim" só demonstram mais uma vez a sua insegurança territorial.
 
O problema não é a imoralidade de sacarem a mulher do amigo. O problema é se o amigo vem sacar a mulher deles! Tudo se resume a isso!

Seria bom demais achar que eles de repente eram inundados de moralidade e bons costumes, de consideração pelo próximo ou ainda de algum respeito ou até altruísmo, que é um conceito absurdo e perfeitamente desconhecido do vocabulário masculino.

Ou seja, a teoria da "mulher de amigo meu é homem para mim" não passa de uma grande hipocrisia, leia-se medinho...

Não é que as mulheres andem por aí a papar os maridos das amigas. Mas a verdade é que não temos regras rígidas de "homem de amiga minha é mulher para mim"...

Das duas uma: ou anda tudo numa de grande moralidade e estas histórias afinal deixaram de existir, ou então virámos todos homossexuais...

TNT