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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Requintes de malvadez masculina

Avatar do autor tsetse, 20.10.09

Ontem estava a ouvir algumas histórias sobre homens que planeiam ao mais pequeno pormenor vinganças, quando são trocados ou abandonados ou até quando são simplesmente criticados em público. Todas tinham quatro coisas em comum: requintes de malvadez, planeamento cuidado, dispêndio de muita energia nas acções e um protagonista masculino.

 

Não estou a dizer que não haja mulheres que se vinguem ou que embirrem com alguém até à exaustão. Não retiram é o mesmo prazer com o sofrimentos dos outros, são mais impulsivas e sinceras (vai, quase sempre, tudo à frente logo ali, quando as irritam) e não colocam tanta dedicação e requinte no cálculo da vingança. E eu até valorizo a dedicação e o requinte. Só não os aceito quando aplicados à maldade, em lugar de outras coisas mais produtivas, e muito menos quando estamos a falar de vinganças desnecessárias.

 

Alguém não querer passar o resto da vida convosco, não implica que vos queira prejudicar. Simplesmente, para o seu gosto, não são o que mais lhe convém. Se não vão lutar por mudar isso, então aceitem e sigam em frente. Por uma mulher vos trair, não têm que a humilhar. Decidam se querem melhorar a relação e diminuir a probabilidade de o mesmo voltar a acontecer ou se consideram o acto imperdoável e, portanto, querem terminar a relação. Se ela vos contrariou de outra forma qualquer ou vos humilhou em frente a alguém e acham isso condenável, expliquem-lhe o facto. Não precisam de despender tanta energia numa vingança maquiavélica, quando uma explicaçãozinha de cinco minutos tem um melhor efeito.

 

O que mais me faz confusão é o prazer que dá a estes homens fazer sofrer o outro. Como se isso fosse, de alguma forma, compensar o seu próprio sofrimento. No caminho, não aprendem nada com os erros que cometeram e que provocaram a tal situação e, por isso, vão continuar a cometê-los, e não usam a energia em algo muito mais importante: melhorar a sua vida para que os problemas diminuam ou, pelo menos, diminuam de importância.

 

Esse prazer que sentem na preparação da vingança é agridoce e só atrasa a vossa evolução. Para além de que não abona nada a vosso favor nem a favor do vosso futuro, que pode depender da pessoa em questão ou de alguém que lhe é próximo. E, como diz a nossa amiga TNT: "Portugal é uma varandinha".

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