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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Os muros da vergonha

Avatar do autor TNT, 23.09.09

A vergonha é algo que nos acompanha desde pequenos. Temos sempre algo que nos envergonhe, seja de nós próprios, seja de outros. É uma grande chatice quando a vergonha se torna um factor inibidor, tanto em termos sociais, profissionais ou familiares. Começa-se a evitar as saídas em grupo, as reuniões familiares ou qualquer encontro com os demais. Inventam-se desculpas convencendo-nos que nada daquilo importa, até porque gostamos demasiado da pessoa que está connosco.

Mas a verdade é que, mesmo com muito amor, é possível sentir vergonha…

Tenho uma amiga que até percebe umas coisas de música, é dada a leituras sobre o assunto e até estudou durante uns anos esta arte. Eis senão quando, arranja um namorado que adorava, mas… hélas! O que o rapaz gostava mesmo era de Robbie Williams, Michael Jackson e musiquinha de feira de uma forma geral! Pronto, deixa-o lá estar a gostar dessas coisas desde que não a obrigasse a levar com aquilo. Porém, quando havia algum jantar com amigos, e o assunto musical ia para a mesa, ela começava a tremer de medo que ele se saísse com as habituais pérolas. Tentava sempre brincar com a situação, mas ficava envergonhada… roxa de vergonha!

E como esta, conheço trezentas histórias… Da namorada do escritor que gostava de Paulo Coelho e não se absteve de o dizer numa tertúlia literária, de uma que era extrema esquerda e chamava fascistas a todos quantos gostassem de luxos imperialistas como jantar fora, da namorada do músico que ficava com pele de galinha com o Tony Carreira e Olavo Bilac, com a mulher do gestor que não sabia o que era um e-mail, do namorado que na altura da conta esquecia-se sempre convenientemente da carteira, do tipo que tinha um Porsche branco que gostava de mostrar à porta dos bares… enfim, histórias não faltam!

Os momentos de vergonha são inesquecíveis! Inesquecíveis de maus…

E será que estas pequenas vergonhas passam como se nada fosse ou fica lá sempre qualquer coisa a corroer e nas horas da verdade vêm ao de cima como os ‘balhotos’ no mar?
 

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