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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

O cúmulo da parvoíce

Avatar do autor tsetse, 07.09.09

Se há histórias que me deixam pasma são aquelas que metem homens egoístas e (tinha que haver um "e" ou estaria quase sempre pasma) mulheres que aceitam as parvoíces mais estúpidas que eles inventam para manter as suas regalias. Dentro deste género (infelizmente comum) de histórias, ouvi três bastantes parecidas, que podem formar um subgrupo: homens que decidem viver com a companheira em casa da sua ternurenta e solícita mamã.


Não estou a falar de casos de pessoas desempregadas, sem madeira para construir uma barraca, mas de pessoas com um emprego estável e um bom ordenado. E, se eu já acho que um desempregado que não saiba usar um machado para obter madeira suficiente para um "amor e uma cabana" não é um macho desenrascado, nem sei que nome dar a um tipo que ganha bem e que, para não perder o privilégio de viver numa boa casa, com a comidinha feita pela querida mãe, roupa lavada e passada, mais a linda companheira a completar o quadro, para poder ter sexo acompanhado quando quiser, sem ter que cometer incesto.
 
Que para eles é muito confortável, acredito, embora não compreenda. Eu teria vergonha, mas cada um sabe de si. Mas o que é mais difícil de adivinhar é o que se passa na cabeça das suas companheiras, para aceitar tal acordo. Dos três casos que ouvi, apenas conhecia duas das intervenientes e posso assegurar que eram trabalhadoras, simpáticas, amorosas e, coincidência ou não, com uma grande ingenuidade e uma terrível auto-estima. E, só por causa destas características, posso ver a luz sobre a cegueira das mesmas.

 

Mas como é que se pode achar normal começar uma vida a dois num lar gerido por outros, quando não têm necessidade de o fazer? Como é que uma mulher pode dizer ao seu companheiro que ele tem de a ajudar a fazer o jantar, quando a mãe deixou um bacalhauzinho à Brás no congelador, para o caso de o menino ter fome? E como é que ele pode ser tão egoísta ao ponto de querer manter o seu conforto, na sua casa de sempre, mas que a mulher saia do conforto dela, só pelo privilégio da sua companhia, mesmo que para isso tenha que se sentir uma pessoa "de fora" no seu próprio lar? Só pode ser um louco egocêntrico, egoísta, sem o mínimo bom senso ou consideração pelos outros.


Às meninas que alinham, só posso dar um conselho: se eles, com um bom ordenado, não querem sair da casa dos papás, então não interessam a ninguém. Se o vosso problema é auto-estima, melhorem-na e depois escolham alguém com mais carácter. E boa sorte. Bem precisam.

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