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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Traição... a quanto obrigas!

Avatar do autor TNT, 06.01.09

Fui ver o Mulheres!, um filme onde só entram mulheres, à excepção de um bebé do sexo masculino mesmo no fim. É feito maioritariamente por mulheres, interpretado apenas por mulheres e tenho a certeza que todas as que estavam a assistir se identificaram com uma ou outra situação, se não com todas.

O tema central do filme é uma situação que aparentemente acontece na vida de toda a gente, principalmente na das mulheres: a traição.

E, pelos vistos, a traição é transversal. Não olha a idades, a níveis sociais ou culturais. Deve ser dos factores mais democráticos da vida e acontece a todos. Porém, existem diversas formas de lidar com ela, o que também é altamente anárquico. Não existem regras nem guias, não existem fórmulas correctas.

Há quem prefira enfiar a cabeça na areia, esperar que passe, e fingir que nunca aconteceu. Há quem faça uma escandaleira e ache que o mundo acabou logo ali. Há quem recuse liminarmente que isso acontece, mesmo quando exposto/a a todas as provas e evidências. Há quem, numa de vingança, se enrole com alguém, só para sentir as contas saldadas. Há de tudo. Mas o que é comum a todas as situações é o sofrimento que isso causa e a inevitável transformação para o resto da vida. Uma vez que se trai ou se é traído, a vida muda. Funciona ali um bocado como a puberdade, a entrada na faculdade, o nascimento de um rebento. Nunca mais nada é igual.

Há que aprender a lidar com este factor que, mais tarde ou mais cedo, nos bate à porta. Penso que o segredo para ultrapassar a coisa deve residir em não nos esquecermos de quem somos e não vivermos em função da outra pessoa. Amarmo-nos mais a nós do que ao outro. Porque, seja qual for a nossa postura e reacção ao choque, temos de nos pôr sempre em primeiro lugar.

Para quem começou cedo a trair ou a ser traído, dificilmente haverá remédio ou panaceia que valha. Para quem achar que ainda não se estreou nestas lides, prepare-se. Não é fácil. E não é por vermos os outros passarem pela experiência que aprendemos a lidar melhor com as coisas. Cada pessoa sofre à sua maneira e a nossa própria dor é sempre diferente e, quase sempre, maior.
 

TNT

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