Implicar é sinónimo de...?
TNT, 03.12.08
Esta madrugada, ao ver um episódio antigo de “O Sexo e a Cidade” reparo numa observação de uma das personagens ao dizer “as mulheres implicam com os homens quando gostam deles. É genético, está-nos no sangue.”
Achei a observação curiosa e assaz pertinente por ser tão fantasticamente verdadeira! A maioria das mulheres implica ou embirra com os homens de quem gostam. Por que eles devem fazer assim e assado ou por que não devem fazer assado ou cozido.
Será que é por sermos chatas? Será que é para nos armarmos em boas? Ou será que o nosso sentido protector em relação àqueles que gostamos nos impele de forma completamente irresistível a querermos que eles estejam melhores, mais preparados e sejam mais felizes?
O meu caso é, definitivamente, este último.
Não suporto ver as pessoas de quem gosto em maus lençóis. E, mesmo que não me peçam, mas se as posso ajudar – nem que seja embirrando no sentido de as “obrigar” a fazer coisas que aparentemente não vêem como solução – é isso que faço. Não é inteligente, eu sei. Sei que as pessoas devem aprender a virar-se sozinhas e no máximo deveríamos adoptar aquela história da cana de pesca e tal. Mas eu não resisto!
Para mim, é muito fácil ajudar quem amo. E isto não se reduz apenas a caras-metades. É extensível a amigos, família, amigos de amigos, etc. Estou sempre pronta a arranjar soluções para toda a gente, a ter ideias para melhorar a vida dos outros.
Tudo isto pareceria muito bonito, se eu não me esquecesse de mim... Esta é a parte idiota da coisa. Ou seja, tenho o péssimo hábito de pôr o bem-estar das pessoas que gosto à frente do meu próprio. Mas, vendo bem, creio que esta é a tal parte genética que assiste às mulheres e a que a Miranda da série se referia!
De todas as mulheres que conheço, só uma põe os seus interesses à frente dos de toda a gente. E de que maneira! E, curiosamente, não embirra nem implica nada com o marido...
Será que a implicância e o altruísmo andarão de mãos dadas?
TNT