Príncipes, Princesas, Sapos e Osgas...
TNT, 12.03.08
A busca no Vale Encantado pelos príncipes e princesas que nos correspondam já me começa a chatear.
Bem sei que todos achamos que deve haver alguém com poderes quase divinatórios que nos acordem com um beijo da astenia e aborrecimento em que muitas vezes se transformou a nossa vida. Porém, creio que um príncipe só serve para reconhecer uma princesa, mesmo que esta última esteja temporariamente e por obra dos deuses maléficos, leia-se rotinas, transformada em osga!
Os príncipes e princesas são-no sempre. E reconhecem-se sempre. Mesmo que por manhas do destino se encontrem camuflados. São pessoas honestas, que não jogam com os sentimentos dos outros, que se dedicam e apreciam que se dediquem, que admiram e têm orgulho no outro, que não temem mostrar-se. São gratos, bonitos por dentro e consequentemente, atraentes por fora.
Os sapos e osgas são o contrário disto tudo. Dissimulados, usam artifícios para conquistar os mais incautos, distribuem jogo ao outro e a mais não sei quantos, exigem dedicação canina do oficial e dos outros todos, são egoístas, ardilosos e sub-reptícios. São ingratos, feios por dentro e, mais tarde ou mais cedo, revelam-se repugnantes por fora.
O que me chateia nesta história toda é que os sapos e osgas deste mundo acham que merecem para si princesas e príncipes. Oh répteis! Façam-se à vida! Nunca um palácio será construído num pântano! E nunca um réptil poderá percorrer os corredores imaculados de um castelo. Pode até tentar. Mas rapidamente deixará um rasto de lama e podridão e será desmascarado.
O seu a seu dono. Para se ambicionar o melhor, tem de se ser o melhor.
TNT