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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Engate no Supermercado

Avatar do autor TNT, 30.11.07

Ontem num jantar de amigos, vem à baila uma conversa curiosa sobre os códigos de engate e demonstração de interesse entre sexos. Até aqui nada de novo, não fosse o local escolhido assaz curioso e um tanto sui generis para o desenvolvimento da dita actividade: o supermercado!

À partida, uma ida ao supermercado poderia significar uma fonte de stress e de grande seca. Desenganem-se! Uma ida ao supermercado pode valer umas noites bem passadas de pés quentinhos ou quem sabe até, um relacionamento sério como dizem aqueles anúncios manhosos dos jornais de distribuição gratuita.

Existe uma série de códigos de entrosamento que nem me passavam pela cabeça, mas que os meus amigos homens amavelmente me informaram e não poderia deixar de partilhar, uma vez que, como sabem, nós aqui prestamos serviço público, sem recebermos qualquer subsídio do Estado. Sinais de fumo a saber:

Um homem sozinho nas compras é um alvo a abater. Depois de se ver se não tem aliança, fico a saber que é essencial reparar se leva lista de compras. Se andar com um papelinho escrevinhado com as necessidades para o lar, é sinal que ou é comprometido ou gay. Em qualquer dos casos, deixou de ter interesse. Há que seguir para outro...

A zona de refeições congeladas para um, é preferencial no que respeita ao engate. Há quem passe infinidades de tempo a passear-se por essas zonas, uma vez que, à partida, são frequentadas por solteiros/divorciados que vivem sozinhos e andam tristinhos com a vida, à caça de algo que os anime... Parece que ali no meio dos armários frigoríficos anda tudo ao mesmo. À procura de algum calor...

A zona das frutas e legumes frescos: um homem neste local é um alvo preferencial! Para além de se preocupar com a saúde e bem-estar, não percebe um boi do que está a fazer. Faz aquele arzinho do “ajudem-me que me sinto tão perdido entre as courgettes e as papaias...” e obviamente que há sempre alguém disponível, uma mão amiga para a verificação do grau de maturidade dos perecíveis. Entre uma ‘snifadela’ no abacate e o apertão na beringela, a conversa e os sorrisos desenvolvem-se à mesma velocidade dos convites para ajuda na confecção da sopinha ou do guacamole.

E tudo se faz entre os aromas da natureza...

Por isso deixem-se de engates nos bares onde está toda a gente aos berros, entre cheiros nauseabundos de fumo e transpiração, e onde não se vê a quantidade de base usada! Nos supermercados, é tudo muito mais realista e genuíno debaixo da luz fluorescente, que feliz ou infelizmente, não dá azo a quaisquer camuflagens. What you get is what you see! E pode depreender-se imenso acerca do interlocutor através do conteúdo do carrinho de compras.

Se calhar, depois disto, a próxima ida ao supermercado já não vai ser propriamente uma seca... e quem sabe se as zonas indicadas não começam a ficar inesperadamente engarrafadas. Cá para mim têm de começar a alargar os corredores, para darem vazão ao corrupio!

TNT

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