Os direitos iguais mataram o cavalheirismo?
tsetse, 13.04.07
No entanto, defendo alguns comportamentos que, para mim são apenas cívicos, mas que para os outros são muitas vezes considerados discriminatórios. Por isso, já tive que ouvir várias vezes comentários como: "Se queres a igualdade, porque esperas que os homens te abram a porta?"
A resposta é simples: porque aprecio as pessoas civilizadas e atenciosas. Na realidade, eu não peço mais do que eu dou. Eu também abro a porta à minha avó, quando ela anda comigo de carro. Eu também deixo passar as senhoras mais velhas, à entrada dos elevadores. Eu também fico à espera que as minhas amigas entrem em casa. Eu também me baixo para apanhar o que alguém mais velho deixou cair.
Ou seja, há uma série de regras que nos ajudam a viver de forma civilizada e, se as seguirmos, escusamos andar todos aos empurrões e a pensar na melhor maneira de ser atencioso.
Alguns exemplos:
- Quando estão várias pessoas à espera para passar por uma porta, deixa-se passar primeiro as mulheres e depois os homens. Entre pessoas do mesmo sexo, deixa-se passar primeiro as pessoas mais velhas. Assim, não há empurrões nem tempos mortos de espera, do tipo "ai será que ele passa ou não, espero ou não... e entretanto já aqui estou a aqui a fazer figura de parvo".
- Quando várias pessoas vão entrar num carro, em vez de se discutir quem vai à frente, já se sabe como escolher: prioridade para a mulher mais velha.
- Quando se vai sair com uma pessoa mais (ou igualmente) frágil, deve-se acompanha-la a casa e garantir que a mesma entre em segurança.
- Quando um homem leva no seu carro uma senhora (ou uma senhora leva no seu carro alguém bastante mais velho), deve sair para abrir a porta e certificar-se de que esta sai em segurança.
E tudo isto não é discriminação, é civismo!
Tsetse