Relações à distância
tsetse, 05.04.07
1. O casalito, nos raros momentos em que se vê, está bastante determinado em mostrar o melhor que há em si e em fazer coisas animadas, para aproveitar os poucos momentos juntos. Ou seja, nem sempre mostra o que realmente é, e até a pessoa mais sem graça, pode parecer ter a sua piada.
2. Quando o casalito está longe, tem o conforto de ter alguém que o acha o "meu mais do que tudo", com a conveniência de estar mais ou menos solteiro, ao mesmo tempo. O que é uma grande vantagem para as pessoas que gostam do seu espaço, mas que são, em simultâneo, carentes.
3. A partir de um certo tempo nesta situação, começa a crescer um certo desconforto. Uns começam a querer viver na mesma cidade, pois acreditam que o comportamento que a cara-metade mostra nos finais-de-semana (ou nas férias) vai se manter no dia a dia, os outros começam a sentir a corda na garganta e passam a questionar "mas é mesmo com esta pessoa que eu quero partilhar a casa?", ou "mas será que eu gosto o suficiente dele ou dela?".
4. Mesmo que ambos estejam de acordo e tentem viver na mesma terra, a desilusão está quase sempre presente. Porque raramente a pessoa consegue manter, no dia-a-dia, a boa disposição das férias.
Pois é, é uma situação muito complicada. E já vi várias a acabar mal.
(Depois não digam que eu não avisei...)
Tsetse