Os putos e a contrafacção
TNT, 04.05.06
É a liberdade e o prazer efémero que a natureza lhes dá. Pois... Isso e as miúdas que os observam com suspiros na areia.
Quando uma mulher escolhe um puto, já sabe o que a espera. É como ir fazer compras à feira de Carcavelos que fica do outro lado da marginal. As peças são giras, dão para usar umas vezes e fazer um brilharete, mas já sabemos que não duram, que não têm qualidade suficiente para durarem. Os putos são giros, incansáveis e enérgicos como coelhos, mas muito pouco consistentes. E depois, ainda por cima têm a mania que são alguém, só porque andam com uma gaja mais velha. Põem-se com reflexões baratas sobre a vida e objectivos absurdos, só para poderem mostrar às amigas da namorada que não são completamente ocos.
Desculpem, mas as coisas são bem mais simples. Eles são o que no momento nos apetece para descontrair, para arejar, como se fossem uma lufada de ar fresco, ou uma ida à praia. E por favor não venham com conversas profundas. Para conversar temos as nossas amigas. Com os putos é só para o que é, e pouco mais. Vá lá, não nos dêem seca, que seca já nós levamos com os outros e por isso precisamos de um intervalinho.
Quando temos um puto é como comprar uma carteira Prada na feira. Não queremos um grande investimento. É só para usar numa ou duas ocasiões. Quando queremos uma carteira para a vida vamos directamente à griffe.
Os putos têm o lugar que têm e deviam ficar muito contentes por serem escolhidos. Vá lá fazer surf lindo, vá lá...
TNT