Pode uma relação sobreviver a uma traição?
convidado, 23.11.06
Vamos supor a seguinte situação, que por acaso (e só por acaso) não é verdadeira: imaginemos que eu fui traída, terminei a relação, mas agora e dado o arrependimento sincero do meu companheiro, decidi voltar. Faço as malas, coloco a toilette mais sexy que encontrar, e lá vou eu.
Chego, dou uns amassos no moçoilo, vivo uma segunda lua de mel, até que estou assim sem nada para fazer e me ponho a pensar: Ora bem, agora que estou de novo nesta relação, com o mesmo tipo que não pensou duas vezes antes me trair, como vai ser? Conseguirei realmente confiar nele? Se o palerma me traiu uma vez, não será porque ele acha que essa é uma alternativa possível? Não estará na base dos seus princípios morais? Será que, da próxima vez que ele estiver a apanhar seca e com crises emocionais, não achará normal encontrar uma alternativa divertida?
Outra questão: será que poderei respeitá-lo para todo o sempre? É que não abona nada a seu favor, ter traído uma pessoa como eu!
Depois, já me estou a imaginar num momento difícil, a dizer coisas como:
"Ai não queres que eu vá jantar com o meu amigo? E então porquê? Achas que sou da tua laia e que te vou trair só porque sim?" ou... "Oh meu menino! É melhor ser viciada em compras do que andar por aí, a trair a confiança de quem gosta de mim". Coisas desagradáveis, com certeza, mas que nos saem nos momentos de maior irritação.
Por isso, a minha questão é: será possível construir uma relação saudável, com respeito e igualdade, depois do perdão? Parece-me difícil. Porque perdoar não é esquecer.
É por estas e por outras, que a maior parte das pessoas opta por mentir. Negar tudo até ao fim. E, sinceramente, não me parece nada má escolha.
Bee
Chego, dou uns amassos no moçoilo, vivo uma segunda lua de mel, até que estou assim sem nada para fazer e me ponho a pensar: Ora bem, agora que estou de novo nesta relação, com o mesmo tipo que não pensou duas vezes antes me trair, como vai ser? Conseguirei realmente confiar nele? Se o palerma me traiu uma vez, não será porque ele acha que essa é uma alternativa possível? Não estará na base dos seus princípios morais? Será que, da próxima vez que ele estiver a apanhar seca e com crises emocionais, não achará normal encontrar uma alternativa divertida?
Outra questão: será que poderei respeitá-lo para todo o sempre? É que não abona nada a seu favor, ter traído uma pessoa como eu!
Depois, já me estou a imaginar num momento difícil, a dizer coisas como:
"Ai não queres que eu vá jantar com o meu amigo? E então porquê? Achas que sou da tua laia e que te vou trair só porque sim?" ou... "Oh meu menino! É melhor ser viciada em compras do que andar por aí, a trair a confiança de quem gosta de mim". Coisas desagradáveis, com certeza, mas que nos saem nos momentos de maior irritação.
Por isso, a minha questão é: será possível construir uma relação saudável, com respeito e igualdade, depois do perdão? Parece-me difícil. Porque perdoar não é esquecer.
É por estas e por outras, que a maior parte das pessoas opta por mentir. Negar tudo até ao fim. E, sinceramente, não me parece nada má escolha.
Bee