O problema do AV e do presencial
TNT, 28.01.09
Confidenciava-me uma amiga que tinha decidido fazer uma surpresa ao tipo que andava a engatar. Tudo muito giro pelo telefone, ânimos e outros apêndices perfeitamente levantados. E quem diz telefone, diz Messenger, Facebook e afins. É então que ela decide chegar-se à frente e marca um daqueles motéis cheios de surpresas agradáveis para as mulheres, mas, pelos vistos, problemáticas para o cromossoma Y.
Depois de feitas as apresentações ao local, vamos lá ao que interessa que já se faz tarde. E eis que senão quando… power off! Power off??? Não é possível! Depois de tanta conversa do “Ah e tal, nem consigo estar” e do “não vejo a hora”, eis que a hora se apresentou como uma grande carga de trabalhos. Desculpa para aqui, desculpa para ali, mas o que é certo é que a coisa não se concretizou.
Ela, cheia de problemas de consciência tipicamente femininos – estarei gorda, será da depilação e outros mimos que nos damos quando há problemas de funcionalidade – entrou numa espiral por ali abaixo a achar que era a culpada de tudo e mais alguma coisa, incluindo a crise financeira mundial e o empate do SLB com o Belém.
O que se passa é muito simples: há homens que gostam imenso de música, mas que nunca vão aos concertos por acharem que há muita confusão! Ouvem os disquinhos em casa, apreciam a coisa, fazem as suas críticas, mas vê-los nos concertos? É o vês!
Há gente que só funciona com o audiovisual e quando o presencial é exigido, vão-se as virtudes.
TNT