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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Como abordar fora da tribo

Avatar do autor tsetse, 24.09.08

Como prova de que levamos este blog muito a sério, às vezes precisamos de conversar com (ou, mais precisamente, entrevistar) alguns amigos para estarmos bem documentadas. Desta vez, queria escrever sobre como meter conversa com desconhecidos (com sucesso!) e lá comecei a demanda, percorrendo várias capelinhas.


Perguntei a um amigo, que morou em Nova Iorque e que lá praticou o engate em grande escala, qual era a frase que mais funcionava. Ele, que costuma frequentar bares com música ao vivo, disse que a mais eficaz era: "are you here for the band?" pois, independentemente da resposta dada, podia sempre desenvolver o assunto à volta da banda e dos seus vastos conhecimentos musicais. Ou seja, escolhia um assunto relacionado com o local e com o qual se sentia à vontade, sem se mostrar inconveniente, nem engraçadinho. Funcionava e percebe-se porquê.


E, por muito desmotivante que possa parecer, esta foi a única frase interessante que consegui obter. Porque, enquanto fazia esta pergunta a vários amigos, confirmei o que já desconfiava: os portugueses raramente metem conversa com alguém que não pertença à sua tribo. A não ser que estejam bêbedos, mas aí não se lembram do que disseram. Eu própria (rapariga moderna e aberta a novas culturas, cof, cof) não percebo nada de frases de engate porque, na realidade, nunca usei nenhuma. Aliás, não me lembro de alguma vez ter chegado ao pé de um desconhecido e começar a conversar.


Segundo algumas amigas entrevistadas, esta é a realidade portuguesa: as mulheres não iniciam a conversa, apenas olham (com um olhar xpto qualquer e de preferência para alguém da tal tribo) e depois esperam que o rapaz comece a conversa. Como eles começam, continua a ser quase um mistério. No meu caso, lembro-me de algumas frases do tipo "és amiga do Fulano de Tal, não és?", "estudaste na faculdade tal, não foi?" ou "és prima da Maria, não és?", de forma a identificarem-se como sendo do meu grupo de conhecidos.


Por isso, cheguem-se à frente, provem que os meus amigos são uns totós e digam lá quais são as vossas frases vencedoras. Como costumo dizer, este blog é um serviço público...

 

Tsetse

Virgem ou doente: o dilema!

Avatar do autor TNT, 22.09.08

Um amigo confessou-me que a pior coisa que lhe tinha acontecido na vida era ter deixado de ser virgem... What?? Perante o meu espanto, rapidamente se justificou. A partir do momento em que teve sexo sem ser com a Tânia e a Vanessa - as suas queridas e leais mãozinhas -, passou a ter necessidades e desejos que até então desconhecia. E com estes desejos veio a pressão de se obrigar a ter alguém, de ter de engatar, de ter de se dedicar e o diabo a quatro... Embora nunca tivesse visto a coisa por esta perspectiva, não pude deixar de lhe dar razão.

Os homens são muito diferentes das mulheres em termos de desejo sexual.

Para nós, quanto mais tempo de abstinência passarmos, menos nos lembramos que a coisa existe. Aquilo custa um bocado nos primeiros dias, mas depois passa, tipo constipação. Uns cházinhos, umas leituras, mais dois dedos de conversa e assunto resolvido. É que nem nos lembramos! Pelo que sei, para os homens, a coisa passa-se de maneira quase oposta. O tempo passa e o desespero vai tomando conta do território. Nos primeiros dias nem se apercebem, mas à medida que o tempo vai decorrendo, a situação agrava-se, tipo mononucleose. Não há chá que remedeie, nem leitura que atenue! Bem sei que também há homens (poucos) que não ligam nada ao sexo e mulheres (poucas) que não se aguentam à bomboca... mas a verdade é que a generalidade é assim.

O cromossoma Y grita por contacto físico e a testosterona acumula-se até começar a sair por todos os poros. São dominados por algo que não podem controlar e até chego a sentir pena dos desgraçados que pouco ou nada podem fazer para aquilo passar.

Mas não desesperem, porque a Tânia e a Vanessa não vos deixam ficar mal... Mesmo no último momento, quando tudo parece perdido, lá entram elas em acção para a salvação do corpo e da alma.

 

TNT
 

Teste: que tipo de namorado és tu?

Avatar do autor tsetse, 17.09.08

Preparamos um teste para todos os nossos leitores descobrirem que tipo de 
namorado são. É só responder às seguintes questões:
 
1. Que prenda costumas oferecer à tua namorada? 
a) algo que eu goste, recuso-me a dar coisa fúteis ou feias 
b) algo que eu tenha percebido que ela goste 
c) o que ela escolher ou o que a minha mãe me recomendar 
 
2. O que fazes quando ela amua? 
a) amuo também, para ver se ela aprende 
b) deixo passar algum tempo, para ela acalmar e para eu pensar na 
hipótese de ter feito algo errado 
c) digo-lhe umas verdades como "és uma mimada", "irritas-me tanto, 
quando fazes estas cenas" ou "já crescias, não?" 
 
3. O que fazes quando ela se atrasa? 
a) vou indo sozinho 
b) pergunto a razão e, se ela não tiver uma boa justificação, mostro 
que não gostei 
c) passo-me, detesto que ela me faça perder tempo 
 
4. O que fazes quando ela demora a sair do carro? 
a) espero 2 minutos e depois vou ver se ela está viva 
b) vou abrir a porta do carro e ver se ela precisa de ajuda 
c) vou lá resmungar 
 
5. O que fazes quando ela avisa que vai sair tarde do trabalho? 
a) o que me apetecer... provavelmente, ver televisão ou jogar playstation 
b) pergunto se ela quer que a vá buscar, nem que esteja sem carro 
c) fico logo irritado por não ter a companhia dela para jantar 
 
6. O que fazes quando estás com ela e passa uma rapariga vistosa? 
a) olho à vontade e, se estiver um amigo ao lado, comento 
b) olho discretamente, para ela não reparar 
c) comento, ela também deve saber apreciar coisas bonitas 
 
7. O que fazes quando vão entrar no carro de um amigo? 
a) entro onde me apetecer e espero que ela faça o mesmo 
b) abro-lhe a porta do lugar da frente e depois vou para trás 
c) dirijo-me para o lugar da frente, tendo o cuidado de ver se ela entrou bem 
 
8. O que fazes quando ela te pergunta qual o teu filme preferido? 
a) respondo e depois escolho outro tema de conversa 
b) respondo e pergunto qual o dela e porquê; aproveito a informação 
para surpresas posteriores 
c) respondo e pergunto qual o dela, ponto final 
 
9. Quais os melhores momentos que passaste com ela? 
a) as saídas com amigos e os jantares de grupo 
b) quando estamos só os dois a fazer algo que ambos gostamos 
c) quando estamos os dois sozinhos a fazer algo que eu goste

 

Respondam com sinceridade!

 

No fim, façam as contas:
- cada resposta a) vale 0 pontos
- as b) valem 2 pontos e
- as c) valem 1 ponto.

Resultado:


0 a 5 pontos: Provavelmente, não gostas dela e está na hora de ser sincero e de a

deixar encontrar alguém que realmente goste.
 

6 a 10 pontos: Não gostas suficientemente dela ou és um bronco. Falta-te sensibilidade e bom senso.

 

11 a 15 pontos: És um bom namorado, mas ainda podias estar mais atento às necessidades da tua cara metade.

 

16 a 18 pontos: Estás apaixonado e o bem estar dela é a tua prioridade. Parabéns!

Post Mortem

Avatar do autor TNT, 15.09.08

Uma amiga minha terminou uma relação há pouco tempo, ou pelo menos anda em grandes tentativas para o fazer. Combinam para fazerem as partilhas dos bens materiais e tal, mas a coisa acaba sempre por resultar nuns grandes desencontros. Enviam-se sms, mails, telefonam-se... enfim! Um nunca acabar de telecomunicações que resultam num nunca acabar da dita relação. E se depois as comunicações não são devida e atempadamente respondidas, lá voltam os desatinos que levaram ao fim da relação. “Pois, porque ele não responde, porque não atende o telefone, é um irresponsável, porque não interessa a ninguém, porque este gajo é um idiota”... Um novelo!

Diz ela que quer ficar amiga dele... Pois! Eu até concordo que fiquemos amigos dos ex...! O que me parece bastante aconselhável é que se faça um período de “luto” para as feridas sararem e para as pessoas prosseguirem com as suas vidas. Senão, nem o pai morre nem a gente almoça. É aquela velha máxima do “nem f*** nem sai de cima”! Aliás, não é à toa que luto e nojo são sinónimos....

Quando as coisas ainda não estão completamente acabadas e esclarecidas, o mais certo é voltarmos ao mais do mesmo. E se decidimos acabar, é porque não estamos propriamente satisfeitos com aquilo que temos. Digo eu!

Façam os lutos que têm a fazer, comprem as flores e as urnas, tratem das lápides e dos vestidinhos pretos. Façam o que quiserem, mas façam-no durante uns dois aninhos, pelo menos. Períodos mais curtos, só dão azo a recaídas. E depois, não há rehabs que nos valham!

 

TNT
 

A incapacidade oral masculina

Avatar do autor TNT, 11.09.08

À mesa, depois de um repasto com amigos e perante uma bela vinhaça, vem à baila o assunto sexo. Subitamente, os homens presentes começam a ficar todos incomodados a tentar mudar de assunto, um bocado naquela base do “então e o nosso Benfica...?”, com risinhos meio parvos, característicos de miúdos de trinta anos que fizeram uma asneira e acabaram de ser descobertos.

“Eh pá... eh pá... olha aí...! Isso é que não!”
E nem sequer estávamos a ser demasiado gráficas! Apenas se tocou no assunto ao de leve.... Se eles assistissem a algumas conversas entre mulheres ficavam sem dormir três dias!

Porque é que os homens têm tanta dificuldade em falar de sexo?
Deve haver algo que os assusta profundamente, que os envergonha e, quem sabe até, que os repugna...

As mulheres, entre si, falam de sexo com o maior desembaraço e prontidão. Quando o “inimigo” está presente, são mais contidas, mas, ainda assim, não se coíbem de dizer o que lhes vai na alma. Os homens? Para lhes arrancar qualquer informação valiosa, é um martírio!

Do que é que os homens têm medo?
Será que receiam ouvir que as mulheres até gostam? Ou que gostam mais disto ou daquilo, coisas que nunca se atreveram fazer com as suas santas e imaculadas namoradas? Ou será que pensam que está sempre tudo bem e não percebem que o sexo é coisa para ser explorada a fundo? Será que têm pavor de ser confrontados com as suas próprias incapacidades e limitações?

Nunca se ouve um homem dizer que não está completamente satisfeito com a sua sexualidade. Têm sempre grandes vidas sexuais, vivem no auge e plenitude da coisa...

Quando uma mulher aborda o seu “hóme” com a conversa de que a coisa não está exactamente como desejaria, etc., fazem sempre aquele ar de boi a olhar para palácio, absolutamente espantados com a revelação.

A única coisa que oiço os homens falarem sobre sexo é que elas estão sempre com dores de cabeça...
Hum... e agora me pergunto: porque será??

 

TNT

Geração X, Y, Z e afins...

Avatar do autor TNT, 09.09.08

Ando um bocado preocupada com a nova geração de garotas que anda por aí...

De todas as gerações devida ou erradamente identificadas como X, Pepsi, Rasca ou Whatever, não as vejo encaixar em lado em nenhum. A não ser, talvez, numa nova geração M de malcriadas, S de sem classe, B de baixo nível ou I de infelizes.

No meu local de férias, assisto a uma cena de chegada de um jantar de quatro miúdas giríssimas, elegantes, bem-vestidas e cheias de pinta. Observação de uma delas: “eh pá, vocês são cá umas c*nas!” Ehhhh... aquilo caiu-me tão mal a seguir ao jantar...! Lá teve de vir um chá de cidreira para acalmar o estômago...

Tinham todo o ar de meninas de Cascais, mas rapidamente as identifiquei como rascas de Cascais.

Será que as mãezinhas delas não lhes explicaram que o facto de serem mulheres acarreta mais responsabilidades a todos os níveis? Ou será que as mãezinhas também mandam umas caral**das, enquanto chamam pelo Salvador, pelo Martim e pela Matilde? “Cab*ão do Bernardo que não há maneira de chegar... F*da-se!”

É que isto não é só serem convidadas para as festas da Silly Season. Há que se saberem comportar, mesmo quando o jantar não caiu bem. A azia é lixada mas experimentem Kompensan. Dizem que é bom!

 

TNT
 

As mulheres preferem os experientes

Avatar do autor tsetse, 05.09.08

Um dia destes, fui almoçar com um colega de trabalho que trazia uma t-shirt, patrocinada pelo "Microsft SQL Server", a dizer "as mulheres preferem os experientes". Depois de olhar alguns minutos para a frase, não consegui deixar de dizer "olha que não, nem sempre" e começou aí a ideia para este post.

A verdade é que:

1. Nem sempre a experiência é sinal de conhecimento de qualidade - um homem enfadonho e sem vontade de aprender que namorou 10 anos com uma mulher ainda mais enfadonha pode saber muito menos do que outro mais interessado que namorou um ano com uma rapariguinha que percebe do metier. Tal como no mundo de trabalho... Quem está habituado a entrevistar técnicos, por exemplo, sabe que um ano a trabalhar com os melhores da área pode implicar um conhecimento muito mais valiosos do que 10 anos a trabalhar de forma desinteressada numa empresa com baixos padrões de qualidade.

2. Para além disso, a experiência (mais o passar do tempo e o acumular de contrariedades) é, muitas vezes, acompanhada por um decréscimo de energia, de alegria, de vontade de aprender e, o pior de tudo, de vontade de agradar. O que, obviamente, é maléfico a qualquer relação.

Por isso, o que interessa não é a experiência, mas o que se faz com ela!

 

Tsetse

Férias sem assunto...

Avatar do autor TNT, 02.09.08

Férias a dois... a coisa até pode parecer idílica, mas nem sempre é!
Estou num paraíso rural ali para a costa alentejana a tomar o pequeno-almoço no alpendre com a planície a perder de vista... Que bonito!

É então que vejo um tipo a tomar o dito pequeno-almoço, sozinho e com umas trombas até ao chão. Eh pá.... as férias para aquele lado não estão a correr lá muito bem, pensei eu! Já doidinha para escrever sobre a situação aqui no nosso blog, ignorei a bela paisagem e concentrei-me no rapaz. Boa pinta, atlético, e simpático com os restantes convivas... porém, com um ar de quem não estava plenamente satisfeito com a vida.

Meia-hora depois, surge a sua companheira, com um ar super contrariado e sonolento. Percebi rapidamente que os tempos deles estavam desencontrados. Ele com aquele esgar de “chiça! até que enfim! tava a ver que nunca mais!” e ela com uma ruga pronunciada na testa de “que chatice ter de vir tomar o pequeno-almoço às 11H00...”. Senta-se em frente a ele e nem trocam uma palavra. Belo ambiente...

Estes desencontros manifestados nas férias são, muitas vezes, prenúncio do fim. Conhecer o parceiro intimamente, os seus espaços e tempos, pode ser tramado. Como diz um amigo a quem falei da situação: “eu também nunca conseguia tomar o pequeno-almoço com a minha cara-metade quando viajávamos... devia ter percebido logo que jamais nos entenderíamos...” E, na verdade, não se entenderam!

Os silêncios constrangedores que se instalam, o desequilíbrio dos tempos, a invasão da privacidade, tudo isto contribui para se perceber que, afinal, aquela pessoa não é a indicada. A questão curiosa aqui, é que uns têm coragem para assumir a desgraça, e outros... nem por isso! Decidem ter filhos para colmatar o vazio das suas vidas a dois!

Quando não se tem muito para dizer, arranja-se assunto. E, muitas vezes, esse “assunto”, surge passados nove meses...

 

TNT
 

Sushi-girls ou as futilidades masculinas

Avatar do autor tsetse, 01.09.08

Contou-me um amigo que agora há muita oferta de "sushi-girls" nas secções de classificados dos jornais. Parece que estas meninas se oferecem para fazer de "prato humano", com o sushi exposto por cima delas.

Eu bem sei que as mulheres têm um corpo muito mais delicado, requintado e perfeito do que os homens e que estes dão muito mais valor ao corpo do sexo oposto (ou do mesmo sexo, no caso dos gays) do que as mulheres - ou seja, neste campo, são muito mais fúteis. Por isso, não posso dizer que tenha ficado surpreendida com a nova moda. Mas, mesmo assim, fiquei triste por descobrir que encontraram mais uma forma de vender o corpo da mulher.

Eu aceito que, na publicidade, o homem represente a força e a mulher a perfeição, até porque é um facto. Também aceito a maior frivolidade masculina na sua relação com os corpos. Basta comparar o número médio de horas passadas pelos homens a ver imagens de mulheres nuas ou semi-nuas com o equivalente nas mulheres, para o constatar. E, como as mulheres também têm as suas frivolidades, nem vou atirar a primeira pedra.

Mas, mesmo assim, tenho dificuldade em aceitar que a mulher seja tratada como uma obra de arte que ornamenta uma mesa, nua e depois de ser paga, porque é reduzi-la a um objecto sexual inanimado.

 

Tsetse