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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Parabéns a você... lá lá lá lá...

Avatar do autor tsetse, 26.03.08

Um dos nossos clientes mais assíduos – Mike – decidiu assinalar o 1º aniversário do seu blog de uma forma original: com textos de convidados. E adivinhem lá quem foi convidado? Ah pois é! Aqui as duas meninas do IF! Intimaram-nos a escrever sobre relações quase perfeitas, uma vez que, reconhecidamente, somos especialistas na matéria!

 

E o resultado foi este!


Texto da Tsetse

Se há coisa que aprendemos com a idade é que não existem relações perfeitas, porque não existem pessoas perfeitas. E que, se alguém nos parece perfeito, é porque ainda não o conhecemos o suficiente.

Aprendemos a contentar-nos com relações quase perfeitas e a desistir de sonhos, que nos parecem cada vez mais impossíveis. Depois, as pessoas mais práticas adaptam-se à situação e aos defeitos do outro; enquanto os sonhadores, mais cedo ou mais tarde, começam a questionar a decisão e acabam por viver com a sensação de que algo faltou, que se calhar se enganou e que não devia ter desistido tão cedo de procurar a relação ideal.

É por isso que, quando vemos alguém a falar sobre o seu companheiro de anos com uns olhos brilhantes de orgulho, é quase certo que eles começaram a namorar cedo, quando as ilusões ainda existiam e quando os sonhos pareciam poder tornar-se realidade.


Texto da TNT


Só um homem para se lembrar deste tema! Mas vamos lá ver o que se pode fazer no que diz respeito a uma relação (quase) perfeita.

Muitas vezes se pensa que o amor vence tudo. Mas não é nada assim. O amor é apenas uma premissa. O resto... sai-nos do pêlo! Achavam que isto era só amar e tal, e o resto vinha por si só? Nem pensar nisso é bom!

Existem vários substantivos que podem conduzir a uma relação que se pretende perfeita: vontade, empenho, esforço, trabalho, dedicação, atenção, honestidade emocional, persistência, cedência, espírito de sacrifício, delicadeza, respeito, cortesia, valentia, brio, heroísmo, cuidado, preocupação, constância e tantos outros que servem a construção de uma vida a dois.

Uma relação (quase) perfeita pauta-se pelo empenho mútuo em não a deixar morrer. Porque as relações tendem a definhar se não forem alimentadas. Tal como nós precisamos de comida para sobreviver, as relações precisam da nossa total atenção diária para se manterem vivas. Ninguém consegue ser feliz sem esforço, e esta é uma verdade incontornável, por muito que nos custe.

Quando as palavras já não são necessárias a não ser que as queiramos pronunciar, atingimos um grau próximo da perfeição. Quando os olhares nos dizem tudo. Quando as almas se encontram e o todo o resto se torna obsoleto. Mas para aqui chegar, é necessário ultrapassar todas as etapas, todos os equívocos e todos os obstáculos, que na maioria das vezes estão em nós próprios.

A entrega da alma é algo de muito importante, profundo e tem um risco altíssimo. Porém, a recompensa é sempre muito mais elevada e o investimento torna-se quase insignificante, face aos resultados.

 

 

Mais uma vez, parabéns ao Mike pela persistência e esforço porque todos sabemos o que custa manter um blog...


 

TNT & Tsetse

Um, dois três... conta lá outra vez?!

Avatar do autor TNT, 24.03.08

O assunto que me traz hoje aqui pode ferir algumas susceptibilidades mas creio ser o seu cariz polémico que me obriga a fazê-lo.

Por vezes, quando as coisas a dois deixam de funcionar, há quem procure que a vida se anime a três. Embora sempre tenha ouvido que um é pouco, dois é bom e três é demais, parece que nem toda a gente pensa assim. O que me parece é que as coisas raramente se recuperam, caso seja essa a intenção. Há sempre alguém que se vai sentir a mais. Há sempre alguém que fica pendurado. Há sempre alguém que sai magoado.

Se a coisa se propicia em ambientes de muito sexo, muita droga e muito rock’n’roll, o mesmo não me parece que se passe numa relação que se pretenda continuada e feliz... Digo eu! Alguém que me elucide acerca destas coisas!

Noutro dia confidenciava-me um amigo que por duas vezes, sem querer, se viu em assados destes. Uma das situações tinha-se passado com uma rapariguita com quem andava a trocar fluidos e que de repente apareceu lá em casa com uma amiga e sem aviso prévio decidiu avançar para a aventura a três. Nem um postalinho nem coisa nenhuma... assim, logo a matar! A situação ficou algo constrangedora e segundo consta, nunca mais houve troca nem de fluidos, nem sequer de telefonemas ou sms’s. Nem a dois nem a três. A outra situação, um pouco mais delicada que a primeira, passou-se com uma amiga de sempre pela qual não nutria qualquer interesse em termos físico-químicos, que também sem aviso prévio decidiu que tinha de ser naquela noite e que já tinha combinado com a amiga e coiso e tal. O meu amigo que a conhecia desde pequenina achou a coisa quase incestuosa e nem sequer percebia a origem do convite de tão despropositado que lhe soava. Ela, entre lamúrias, suplicava que ele lhes saltasse para a cueca. A situação foi de tal forma catastrófica que ele nem com a ajuda de um guindaste poderia corresponder! Nem que quisesse! E, na verdade, não queria...

Que isto tenha piada num ou outro filme de série B, nem sempre a coisa tem a mesma graça ao vivo e a cores! Que se queiram comer para aí a torto e a direito, acho que é sempre muito bem visto... Parece-me é que para estas coisas funcionarem tem de haver total conivência das várias partes, senão há sempre ali alguém que é apanhado de surpresa, e nem sempre as surpresas são agradáveis!

E este pressuposto deve ser sempre aplicado, seja num mero caso passageiro ou numa relação já mais duradoura. As pessoas têm de saber ao que vão, têm de estar completamente convictas da escolha que fizeram, daquilo que as espera, não só no momento, mas acima de tudo, posteriormente. Há que saber lidar com o “day after”.

Porque os espelhos são tramados! Sejam aqueles que estão pendurados na parede do quarto ou os outros onde nos revemos diariamente: nos olhos da outra pessoa...

TNT

Altruísta ou nem por isso?

Avatar do autor tsetse, 19.03.08

Todos nós conhecemos histórias de pessoas que terminam uma relação, deixando a outra parte infelicíssima e arrasada, mas que, mesmo assim e em prol da amizade ou de outro qualquer motivo alegadamente altruísta, continuam a vê-la frequentemente. Arranjam mil justificações, mas no fundo a maior motivação não é os sentimentos do outro, mas os seus próprios. Querem lá saber se a outra pessoa sofre sempre que a volta a ver partir, se a outra vai demorar mais tempo a recuperar ou se está a perpetuar falsas esperanças de uma reconciliação. O que as move é diminuir as suas próprias chatices: não ter que tomar uma posição antipática; não ter que se afastar dos familiares ou amigos com quem simpatiza; manter a companhia, quando lhes apetece; presenciar a adoração do outro, para alimentar o ego; etc.

Na minha opinião, por muito que custe, quando uma relação acabou e a decisão é irreversível, a melhor forma de garantir que a outra pessoa reconstrua a sua vida com o mínimo sofrimento possível é dar-lhe espaço. Claro que custa muito deixar de ver a pessoa que nos acompanhou por algum tempo, mas o mundo não roda à nossa volta e, se realmente somos amigos do outro, devemos desejar o seu melhor. Depois, muito depois, quando ambos estiverem conformados com a separação, a amizade pode voltar naturalmente.

Tsetse

Príncipes, Princesas, Sapos e Osgas...

Avatar do autor TNT, 12.03.08

A busca no Vale Encantado pelos príncipes e princesas que nos correspondam já me começa a chatear.

Bem sei que todos achamos que deve haver alguém com poderes quase divinatórios que nos acordem com um beijo da astenia e aborrecimento em que muitas vezes se transformou a nossa vida. Porém, creio que um príncipe só serve para reconhecer uma princesa, mesmo que esta última esteja temporariamente e por obra dos deuses maléficos, leia-se rotinas, transformada em osga!

Os príncipes e princesas são-no sempre. E reconhecem-se sempre. Mesmo que por manhas do destino se encontrem camuflados. São pessoas honestas, que não jogam com os sentimentos dos outros, que se dedicam e apreciam que se dediquem, que admiram e têm orgulho no outro, que não temem mostrar-se. São gratos, bonitos por dentro e consequentemente, atraentes por fora.

Os sapos e osgas são o contrário disto tudo. Dissimulados, usam artifícios para conquistar os mais incautos, distribuem jogo ao outro e a mais não sei quantos, exigem dedicação canina do oficial e dos outros todos, são egoístas, ardilosos e sub-reptícios. São ingratos, feios por dentro e, mais tarde ou mais cedo, revelam-se repugnantes por fora.

O que me chateia nesta história toda é que os sapos e osgas deste mundo acham que merecem para si princesas e príncipes. Oh répteis! Façam-se à vida! Nunca um palácio será construído num pântano! E nunca um réptil poderá percorrer os corredores imaculados de um castelo. Pode até tentar. Mas rapidamente deixará um rasto de lama e podridão e será desmascarado.

O seu a seu dono. Para se ambicionar o melhor, tem de se ser o melhor.

 

TNT

A amarga ilusão

Avatar do autor tsetse, 06.03.08

Sempre que ouço frases como "ele não me telefona há uma semana; está a testar-me" ou "ela não quer que a contacte; ela é que me contacta a  mim; tem muito mau feitio" ou outra do género só me apetece dizer: "Acorda! Ela não gosta assim tanto de ti. Basicamente, está-se nas tintas para os teus sentimentos. Estás a perder tempo e paciência com alguém que não o merece."
 
O problema é que, sempre que tentei dizê-lo, mesmo tendo razão e tendo usado as palavras mais simpáticas que me ocorreram, a minha opinião é quase sempre mal recebida. A verdade é que as pessoas que se deixam enganar com este tipo de jogos gostam de estar enganadas e não querem ser acordadas. Umas porque querem acreditar que estão numa relação complexa, quando estão apenas numa relação egoísta, com alguém que não tem o mínimo de respeito por elas. Outras porque estão cegas de paixão e não conseguirão ser objectivas enquanto a paixão durar. E ainda outras porque são umas frustradas com baixas expectativas, que nunca tiveram alguém realmente interessado nelas, por isso não conhecem uma alternativa.

Seja qual for o caso, jamais conheci uma pessoa que realmente gostasse de outra e a fizesse passar por jogos destes. E, mesmo das vezes que pensei que com aquela pessoa podia ser diferente, que se calhar ela era mesmo mais complicada que as outras, acabei por confirmar mais tarde a minha teoria.

Por isso, a minha mensagem a todos os que já ouvi queixarem-se e a todos os que ouvirei no futuro, é:
"Eles não gosta assim tanto de vocês. Nunca vos vão respeitar, porque vocês não se dão ao respeito. Move on!"

Tsetse

A Liga da Beleza...

Avatar do autor TNT, 03.03.08

A beleza, tanto feminina como masculina é um tanto subjectiva.
Se para a maioria das pessoas, à excepção de uma ou outra tribo africana, o Brad Pitt é giro, todos sabemos que no mundo não abundam esses seres. Por isso vamos focar-nos nos meros mortais que somos e não em deuses do Olimpo que se enganaram e aterraram por aqui...

Onde estão os cânones da beleza?

Noutro dia num jantar de amigos e ao vermos a Floribela em todo o seu esplendor numa revista masculina, foi unânime nos homens da mesa que não lhe achavam piada nenhuma. Se assim é, por que foi a revista mais vendida de sempre? Adiante... Comentava-se ainda nesse jantar que a beleza da mulher, o que os atrai, é o todo. Dos gestos ao porte, da postura às mamas, da boca ao rabo, aparentemente, eles olham para tudo como o conjunto que os atrai.

Leio numa revista de informação semanal que o que atrai tanto os homens como as mulheres, é a respectiva capacidade de procriação. Pelo cheiro, parece que conseguimos lá chegar. Conseguimos perceber quem é que tem lá umas hormonas quaisquer que nos garantem a descendência. Isto, pelos vistos, funciona para quem quer realmente procriar e parece que para as mulheres que tomam a pílula, o radar avaria automaticamente. Então nestes casos, que eu diria que são a maioria, o que resta? Apenas a atracção pura e dura sem se pensar em bebés? Gajos e gajas boas? E o que é isto de um gajo ou gaja boa?

Vou arriscar aqui uma teoria relativa à forma como os homens escolhem as mulheres... Escolhem aquelas que vêem que lhes podem dar bola! Gira? Inteligente? Interessante? Oh pá, deixem-se de reflexões baratas! Aos homens, interessam as gajas que eles acham que conseguem comer... As outras são todas feias e de pernas tortas! Se vêem uma mulher lindíssima, elegante e divertida, assumem logo que aquilo não é para a liga deles e imediatamente a excluem como objectivo. Digamos que seria algo como o Tirsense querer jogar em Old Trafford... Estão a ver, não é? Conclui-se então, que às mulheres fantásticas, restam sempre como única hipótese, os tipos que se acham os maiorais. Muito ginásio, muito solário, muito dinheiro e finalmente muito pouco substrato!

E isto para uma mulher fantástica... não é nada. Talvez seja importante para as Floribelas deste país... mas para as realmente fantásticas é um permanente desconsolo!

Quantas vezes não ouvi já comentários do género “Eh pá, já viste aquela ali toda boa com um gajo que lhe dá pelo ombro?”; “Como é que aquela gaja tá com um gajo tão feio?”... Normalmente, as mulheres fantásticas escolhem estes homens porque eles são também fantásticos, embora não o aparentem! São dedicados, divertidos, atenciosos, fazem-nas rir e normalmente são muito mais aventureiros no sexo, por serem humildes!

E esta escolha, meus caros, só as mulheres a conseguem fazer! Temos um radar especial e não há pílula que o destrua.

TNT