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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Cursos?... Só por um canudo!

Avatar do autor TNT, 29.08.07

Já falámos aqui algumas vezes das abébias que damos, de vez em quando, às criaturas masculinas e da sua tendência para abusar da nossa boa vontade.

Venho a saber de diversas histórias de homens que decidiram "mudar de vida" (vulgo mudar de mulher, de casa, de tudo...), após terem desenvolvido interesses vários, em diversos temas, e que por isso mesmo, lhes apeteceu subitamente fazer um curso.

É arrepiante a quantidade de gente que desenvolve interesses com o intuito de "tirar cursos" e que acaba por mudar de vida. Seja fotografia, arranjos de flores, culinária ou escrita, os cursos acabam sempre por ser complementados por interessantes companhias do sexo oposto (ou do mesmo sexo, no caso de serem gays), que por acaso, também foram fazer uns cursitos para ver se o tédio com o pessoal lá de casa, era atenuado.

Qual speed dating, qual hi5? Esta é a nova moda do engate! Simpática, bem intencionada, dissimulada q.b., aprendem-se umas coisas e o sexo é mais que garantido!

Tudo muito direitinho, limpinho, devidamente camuflado por interesses e pessoas alegadamente interessantes, cujo único interesse será alegadamente o de afogar algumas mágoas, entre outras coisas.

Da próxima vez que os vossos respectivos repentinamente mostrarem interesse em fazer um curso sobre determinado tema, das duas uma: ou a vossa relação está por um fio, ou se acham que não é o caso, mostrem-se disponíveis para tirar o curso também. Até podem levar uma seca sobre história de arte, mas asseguram a falta de seca na cama lá em casa...

O risco é giro, mas é nos desportos radicais...!

 

TNT

Conhecer os pais deles...

Avatar do autor TNT, 27.08.07

Todos conhecemos a influência que os pais têm, nas opiniões/decisões das
pessoas com sorte de terem famílias funcionais (em oposição a
disfuncionais... será assim que se diz? funcionais? cheira a Estado
que ferve...!)

Há uns tempos atrás, uma amiga minha queixava-se das dificuldades de
relacionamento que tinha com os sogros e creio que na altura nem
sequer eram sogros oficiais, apenas oficiosos... Que era tudo muito
difícil, que eram inflexíveis, que influenciavam o seu mais-que-tudo,
etc, etc...

Pois é, fiquem sabendo que estas são batalhas perdidas! Contra os
sogros, nada a fazer. Mãe é mãe, e nós não gostamos nada que
contrariem a nossa. Ou que a desdigam. Ou que a ofendam, ou ainda que
ponham em causa a sua sanidade mental. Se alguém pode fazer isso,
somos nós! Nada de segundos ou terceiros a meterem o bedelho nas saias
das nossas mãezinhas.

Parece-me que a fórmula de sucesso ideal para um bom relacionamento
reside no bom princípio da coisa. Quando se derem a conhecer aos pais
dos respectivos, falem pouco. Oiçam... é muito melhor, mais prudente e
mais inteligente. O assunto deve ser encarado como uma entrevista de
emprego em que devemos mostrar o nosso melhor. Nada de temas
polémicos como a política, religião ou bons costumes. Nada de grandes
revelações sobre nós próprios e muito menos sobre terceiros. Manter o
low profile é essencial, enquanto não soubermos que terreno pisamos.

Depois, e para manter uma boa relação com os nossos caros respectivos,
há que ter uma infinita paciência para ouvir as queixas dos seus
progenitores, um belo ipod para conseguirmos ignorar certas coisas
quando já se está naquela fase perigosa, prestes a explodir podendo
incorrer-se no gravíssimo erro de responder torto ou ao lado, uma
grande dose de humor (enquanto se riem, não chateiam nem dão palpites)
e finalmente saber contar até 100 em silêncio de trás para a frente...

As guerras ganham-se batalha  a batalha. Se bem que, nestes assuntos
dos paizinhos, é muito melhor entrar nas freakalhices do "Make Love,
Not War"!

TNT

Vestidas ou Nuas...?

Avatar do autor TNT, 22.08.07

Estava eu muito bem estendida nos areais deste nosso jardim à beira-mar plantado (ai, ai... as férias fazem-me mal, definitivamente) quando oiço o seguinte comentário de um amigo - "esta é daquelas que engana bem quando está vestida... depois despe-se e é isto!". Olho para a criatura, e de facto não devia muito à elegância. De qualquer modo, não via como é que a rapariga poderia "enganar" quando vestida...

Pois é, mas fiquei a saber tudo tintim por tintim!

Os homens desenvolvem em conjunto com a barba e outras pilosidades indesejáveis, o sexto sentido de nos despirem com os olhos. Finalmente uma explicação pertinente para o facto de pensarem em sexo de 12 em 12 segundos! Eles passam o dia a ver mamas, rabos, pernas, curvas daqui e dali. E é óbvio que desta maneira, também não conseguem discorrer acerca de muita coisa que exija funcionar com mais de meio neurónio. É que o outro neurónio e meio, está muito ocupado a tirar-nos as medidas como se fossem comprar-nos um vestidinho.

Há todavia as ardilosas que conseguem disfarçar e trocar-lhes as voltas...! Ah pois é! Estavam convencidos que viam tudo?

Porém, fiquem as meninas sabendo que eles já deram conta de alguns truques e têm ideias pré-concebidas, que aparentemente, começam a partilhar uns com os outros, logo ali depois da infância.

Os jeans demasiado apertados são encarados como truque para esconder alguma flacidez e arrebitar algo mais descaído. As collants opacas servem, na opinião deles, para esconder algo de estranho nos joelhos. Topam à distância soutiens almofadados ou com outros artifícios de destaque mamário. Detestam as calças demasiado descaídas que revelam mais do que se gostaria de ver. Acham que as miudinhas que usam fio dental são umas tontas formatadas. Que quem não tem cintura, usa as calças muito descaídas, ou saias, por forma a desviar os olhares para as pernas...

E mais não digo porque isto não se deve revelar tudo de uma vez... Information is power and currency e eu levo estas coisas muito a sério!

TNT

Os grandes mal entendidos

Avatar do autor tsetse, 20.08.07

Desde muito cedo que sou confidente de homens e mulheres e, em alguns casos, até dos dois lados da mesma relação. Há alguns mal entendidos que se repetem em vários casais e que se mantêm por resolver "ad eterno". Desses, os mais comuns são mais ou menos assim:

Caso 1
Versão dela: Passei o fim-de-semana a tentar fazer conversa e a inventar coisas interessantes para fazermos. Ele nem deu valor. Passou o tempo todo mal disposto e irritadiço. Um chato!
Versão dele: Eh pá, ela é uma chata. Não se cala.

Caso 2
Versão dela: Ele disse um disparate de manhã e eu fiquei muito magoada. À noite, porque não queria deitar-me zangada, lá fui dar-lhe um beijinho para fazermos as pazes.
Versão dele: Ela é cá uma teimosa! Zangámo-nos de manhã e ela sabia que eu tinha razão, mas só à noite é que o admitiu.

Caso 3
Versão dela: Ele pediu-me para eu lhe comprar uma coisa, eu disse que preferia ir com ele, que era mais engraçado, mas lá tive que ir sozinha para lhe fazer o favor. Fartei-me de procurar algo que me parecesse ao seu gosto. Chego a casa e ele diz que não gosta e nem agradece o meu esforço! Passei-me!
Versão dele: Ela foi comprar uma coisa, eu não gostei e ela levou a mal. Devias ver como ela ficou irritada. Tem cá um feitio!

Conclusão:
As mulheres têm muitas vezes boas intenções e partem do princípio que os homens as vão compreender. Partem de um pressuposto obviamente errado e nem percebem que têm de explicar-se.

Ou seja, a sociedade pinta os homens como uns seres superiores, que tudo percebem e tudo sabem. As mulheres deixam-se enganar e sobrestimam os espécimes masculinos. Depois, esperam demais deles. A verdade é que eles pouco percebem de boas intenções e de esforços pelo bem comum. Por isso, ou as meninas passam a explicar-se melhor, correndo o risco de nem assim serem compreendidas, ou desistem de tanta boa vontade e passam a jogar o mesmo jogo que o adversário.

Tsetse

As mulheres e a tecnologia

Avatar do autor tsetse, 01.08.07

É muito usual ouvir dizer que as mulheres têm um problema com a tecnologia, que têm graves dificuldades em aprender a usar os computadores e outras máquinas. Pois eu acho que este não é um problema genético, mas um problema sociológico.

Desde pequenas, as mulheres são incentivadas a brincar com bonecas, a aprender a bordar e a ajudar a mãe nas tarefas domésticas. No entanto, aos seus irmãos são dadas caixas de ferramentas do Bob o Construtor, pequenos computadores, objectos telecomandados e Legos. Embora hajam excepções, as expectativas que as crianças do sexo feminino sentem são muito diferentes das dos homens.

Depois, quando chegam à adolescência, aumenta a pressão do resto da sociedade: se são gordas ou feias, são hostilizadas pelos rapazes; se andam mal arranjadas, são hostilizadas pelas outras raparigas; se não são boas donas de casa, são hostilizadas pelas tias e avós. De repente, espera-se que elas se preocupem com dietas, cremes, moda, lides da casa, bronzeados e acessórios. Desde logo, ficam com parte do tempo e da capacidade de atenção ocupados. Enquanto isso, os rapazes já aprenderam BASIC para quitar o spectrum, HTML para fazer um site e como programar os seus novos Legos Mindstorms.

Por isso, é óbvio que encontramos mais homens com gosto pela tecnologia!
Queriam milagres?

Tsetse