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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Missão (im)possível: educar um geek

Avatar do autor TNT, 12.05.11

 

Trabalho num local onde há muito homem. Muito homem mesmo. Há-os de todas as idades, modelos e marcas, mas a grande maioria são geeks que devem andar ali pelos 25-35 anos. Como geeks que são, estiveram fechados na cave grande parte das suas vidas. Quando saíram da cave foram para ali trabalhar e, hoje, estão fechados numa sala com mais 30 geeks iguais a eles, com as mesmas t-shirts, o mesmo ar alienado, sempre a pensarem na próxima linha de código.
 
Claro que a convivência com a espécie feminina tem sido rara e nalguns casos, que não devem ser tão poucos como isso, inexistente. Não dá sequer para criticar grande coisa, pobres, eles nunca tiveram acesso, excepto via web. Por isso, nem me chateio especialmente quando eles dizem alguma coisa fora do sítio. A verdade é que eles não sabem onde é o sítio, nem que raio de sítio é.

Não sei se eles lêem o Interno Feminino. Sei que há um grupinho 2.0 que já subiu alguns degraus na escada evolutiva e que nos lêem. Ainda bem para eles e para a Humanidade de uma forma geral, uma vez que estes meninos de quem falo são muitos dos grandes cérebros deste país. E não há nada mais sedutor que um crânio que também se interessa por coisas terrenas. Delicioso.

Porém, este é um grupinho muito restrito… uns 10 no máximo. Os restantes 356 são uns absolutos trapalhões.

Mesmo não tendo grande jeito para salvar o mundo sem me lixar, e sabendo que o Nobel da Paz também não me vai bater à porta tão cedo, acho que o meu papel no mundo pode começar perfeitamente junto dos 356 trapalhões que se atravessam nas portas, que comem de boca aberta, cujo banho é algo que não deve ser praticado amiúde e que ruborizam sempre que uma mulher lhes dirige a palavra.

Educar estes moçoilos e prepará-los para a vida é uma missão tão nobre como a de qualquer ONG. Vai na volta, o Nobel não está assim tão longe. Se o Arafat o sacou, não há-de ser assim tão difícil.

Sei que alguns são casos perdidos, somente dignos de estudos antropológicos. Mas se puder ‘salvar’ uma ou outra alminha, terei com toda a certeza 70 rapazinhos bronzeados e bem cheirosos à minha espera quando esticar o pernil.

 

 

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