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O Interno Feminino

Divagações e reflexões do mundo no feminino. Não recomendado a menores de idade ou a pessoas susceptíveis.

Grandes Expectativas

Avatar do autor TNT, 11.01.08

Comentava-me uma amiga, que andava toda entusiasmada com um certo moçoilo e que parecia ter voltado à adolescência: mal dormia, experimentava dez vezes a roupa antes de sair para o trabalho, sentia várias borboletas no estômago e o coraçãozinho a bater desalmadamente, de cada vez que o telemóvel tocava.

Enquanto a coisa anda ali no vai-não-vai, no chove-não-molha e outros aforismos do género, é o total desatino de emoções, descontrolo hormonal traduzido muitas vezes em falta de apetite - o que pode ser altamente benéfico, diga-se de passagem! - e um turbilhão de pensamentos, que julgo que já todos sentimos, por isso nem me vou alongar mais na descrição.

Até ao primeiro encontro, normalmente concretizado numa boa refeição, não há úlceras que resistam à confusão. E mais, que é feito do apetite para partilhar o repasto? Normalmente bebe-se qualquer coisa para descontrair e não se notar que trememos como varas verdes, o que sem nada de jeito no estômago, pode não ser a atitude mais inteligente. Believe me, I know! Adiante...

O primeiro encontro será o culminar de todas as expectativas e fantasias que andámos a alimentar. Raras são as vezes em que se realizam, convenhamos. Ou porque o rapazinho trocou o talher, ou porque aquele pedacinho de espinafre teima em permanecer na dentadura da menina, ou porque ele se riu de menos ou porque ela se riu demais, a longa metragem idealizada ao longo da semana, poderá tornar-se rapidamente numa daquelas curtas manhosas, em V8, já para não falar, num filme de terror série B.

Tal como acontece com a primeira noite de sexo onde normalmente sobram braços e pernas, não se deve esperar muito do primeiro encontro. As pessoas estão normalmente nervosas, a representar papéis que julgam ser os correctos, demasiado preocupadas em agradar e pouco recordadas daquilo que são. Todas as certezas e seguranças se esvaem junto com o líquido dos copos e recorrentemente se cometem erros que podem custar um possível e agradável relacionamento.

Para a coisa correr bem, parece-me que o melhor será sermos nós próprios, mais bem vestidinhos, mais sorridentes, menos nervosos, ficando com a certeza de que se não gostaram da personagem assim, a coisa nunca poderia resultar. Sim, porque podemos disfarçar um dia ou dois, mas mais do que isso, é só para Robert de Niros ou Meryl Streeps.

E como eu costumo dizer, “não gostou? há mais quem goste!”

TNT

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