A anatomia do Bico – Aula #2
TNT, 08.01.08
O bico, bóbó, alfinete de peito ou etimologicamente, o belo do fellatio, tem aparentemente, muito que se lhe diga. Em conversas com amigos – homens por quem tenho apreço, cultos, educados e interessados - reparo que a coisa é encarada artisticamente, com laivos de quase divindade. Ora, consultando as wannabes, vejo que na maioria das vezes, a coisa é vista como frete. Em deusas do olimpo mais consagradas, a arte volta à conversa.
Constato então que o bico tem idade. Se para os homens, é sempre bom, para as mulheres, a coisa começa a ter interesse lá mais para os trinta – como de resto, quase tudo o que diz respeito a estes assuntos de cama.
E agora pergunto-me eu: como aprender a fazer a coisa convenientemente?
Poderia dizer-vos para verem uns filmaços daqueles cuja capa não tem imagens, com títulos sugestivos tipo “orgias orais” ou “arma frutífera” e outros que agora não me ocorrem... Mas não! Segundo os homens, esta não é a forma de levar a cabo a demanda de “bem oralizar em toda a sela”. Dizem que aquilo é tudo muito à pressa e que é para despachar e que é mais para se ver do que para se sentir, e outras considerações que tais. Então meus amigos, em que é que ficamos?
Na minha opinião, como tudo na vida, para sair bem feito tem de se gostar do que se faz. Como aprender a gostar? Como dizia esse monstro maior da literatura portuguesa sobre um refrigerante “primeiro estranha-se, depois entranha-se” ou ainda, continuando nestas coisas publicitárias das bebibas, “é como a tónica: aprende-se a gostar...”
Conselho para os meninos: tenham paciência com as mais novinhas, dêem-lhes uma ajudinha sem forçar situações, guiem-nas com palavras e não com a mão, e quando apanharem uma mais experiente, desfrutem. Ah, muito importante! Quando a tampa estiver mesmo prestes a saltar, não se esqueçam de avisar o que lá vem... deixem a decisão do grand finale para elas! Capisce?
Conselho para as meninas: tenham paciência que o vosso dia há-de chegar...
TNT