O Cantinho do Inimigo 1
o_inimigo, 14.09.07
Um dos momentos que mais aprecio quando vou a casamentos (para além do almoço, quando a comida é boa) é aquela altura, na igreja, em que um amigo dos noivos sobe ao altar para ler uma passagem da Bíblia. Em particular, agrada-me aquela leitura em que se pede à noiva que seja subsmissa.
As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor... Como, porém, a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido" (Efésios 5:22,24).
Esposas, sede submissas ao próprio marido, como convém no Senhor" (Colossenses 3:18)
Deixa-me particularmente descansado que, em pleno séc. XXI, pelos menos a Igreja Católica seja um garante de um princípio fundamental da Humanidade: a mulher deve ser submissa ao seu marido. Foi assim que Deus a criou e tal não deve ser alterado nem, muito menos, questionado!
Contudo esta perspectiva relativamente ao papel da mulher não é um exclusivo da religião cristã. De acordo com o Islão, a mulher deve andar coberta em público e sempre um passo atrás do marido, o qual deve respeitar. De acordo com o Corão, as mulheres muçulmanas devem vestir-se de forma modesta e sem exibir beleza ou adornos.
Já o Código Civil Português de 1966 atribuía às mulheres casadas um estatuto menor e reconhecia ao marido a qualidade de chefe de família, conferindo-lhe o poder de decidir na generalidade dos assuntos da vida conjugal. À mulher incumbia o governo doméstico. Está claro...!
Assim sendo, caras leitoras (e caros leitores), apesar do que possam pensar, não devemos questionar estes ensinamentos milenares: as mulheres devem ser submissas aos seus maridos, devem respeitá-los e servi-los; devem tratar do lar e dos filhos; e devem ser humildes e vestir-se de uma forma modesta e pouco vistosa. Está escrito, é lei. Quem somos nós para o questionar ?
(enviado por Mumu)