No creo en brujas, pero que las hay, las hay*
TNT, 03.02.07
As pessoas recorrem a tudo. Já se falou aqui em recorrer a detectives, agora preparo-me para falar de outros grandes salvadores das relações: os bruxos!
As páginas dos jornais estão pejadas de anúncios do Prof. Bumba e Bamba, da taróloga Mia e Maia, da vidente Salette ou da nossa saudosa Alcina Lameiras do “não negue à partida uma ciência que desconhece...” esse ícone da vidência mundial.
Mais uma vez refiro aqui o que considero importante e primordial: só devemos estar com quem nos quer e nos merece. Quem não nos quer e acima de tudo, não nos merece, para quê o esforço? Acham que com mézinhas e rezas da tanga, as coisas vão melhorar? Acham que vão gostar mais de nós, porque a nossa Alcina, disse que tínhamos de fazer não sei o quê na sétima onda duma qualquer praia da linha, numa noite de quarto crescente?
Vá lá... Sejamos realistas! Os bruxos prometem amor, saúde e dinheiro. A ser verdade, seríamos todos felizes, saudáveis e ricos. E a verdade não é bem esta, pois não?
Quando as relações “já não são como eram antes” há que fazer algum esforço dentro da própria relação, se acharmos que vale a pena mantê-la, claro! Se forem como eu, desprovidos de características como a paciência, pachorra e afins, acabam com as coisas num instante, após um breve período de reflexão e voltas por fora...
O ir à bruxa é que não está com nada. A não ser gastar dinheiro. Que pode ser investido em coisas muito mais divertidas que podem fortalecer a relação. Hotéis, motéis, cremes, uniformes, danças, strips, filmes, depilações, stilletos, lingerie, jantares, champagne... (se me dão corda passo aqui o resto do dia!)
Ora digam lá se isto não tem muito mais piada do que ir a uma consulta com uma bola de cristal?
TNT
*Perdoem-me o vernáculo em espanhol, mas de vez em quando a minha costela emigrante vem ao de cima...!